Segundo a colunista da Uol Thaís Oyama
Até os militares do Palácio que apoiavam a permanência de Mandetta no governo acharam demais. A entrevista dada ontem ao programa Fantástico pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, tocou numa corda sensível demais para os generais: a hierarquia.
“Mandetta não poderia ter desafiado o presidente em público”, disse um militar com assento no Planalto. Além disso, observou o assessor, “não era isso o que havia sido combinado na semana passada”. Seis dias atrás, Mandetta chegou a limpar suas gavetas no ministério. Bolsonaro havia resolvido demiti-lo.
Demoveram o presidente da decisão o ministro chefe da Casa Civil, general Braga Netto, e o ministro da Secretaria de Governo, general Ramos. O argumento dos generais era de que seria possível achar “denominadores comuns” entre as posições do presidente e do ministro.
A entrevista de ontem deixou claro: não há nada em comum entre Bolsonaro e Mandetta.
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