ECONOMIA – Quarentena não dá trégua aos desempregados que ainda saem de casa com esperança

Duas agências de emprego estão apenas com atendimento on line e já tem gente dizendo que foi dispensado por causa do coronavírus

Quarentena não dá folga para quem é desempregado. Hoje, muita gente acordou cedo para ir às agências de trabalho, com esperança de arrumar vaga. E, mesmo ainda pequeno, o efeito do que já indica ser a maior recessão desde 2008 (quando ocorreu crise mundial na quebra do setor imobiliário) já é sentido em Mato Grosso do Sul nesta segunda-feira (23).

Para evitar aglomerações, Funtrab (Fundação do Trabalho de Mato Grosso do Sul) e Funsat (Fundação Social do Trabalho) tiveram de suspender o atendimento presencial e quem foi a um desses com esperança de vaga, perdeu viagem.

Nas portas, avisos indicavam que qualquer pedido de emprego ou de seguro desemprego, agora, é só pela internet. O motorista Geovani Silva Duarte, 31, buscou a sede da Funtrab nesta manhã, mas deu de cara com o aviso da suspensão de atendimento presencial. Ele está há uma semana sem trabalhar.

Geovani é motorista e está sem emprego há 1 semana (Foto: Kisie Ainoã)
Geovani é motorista e está sem emprego há 1 semana (Foto: Kisie Ainoã)

Nesta manhã, ele foi em busca do seguro desemprego, já que ao buscar trabalho “não está nem conseguindo falar direito com as pessoas”

Formada em administração de empresa, Brenda da Silva, 24, já lutava com a crise do emprego no Brasil antes que o coronavírus chegasse ao país. Desempregada há 4 meses, foi até a Funtrab para tentar resolver problema com a última parcela do seguro desemprego. “Estou vendo que está muito difícil”, ilustra ela.

Na entrada da sede da Funsat, dois guardas municipais orientavam que o atendimento presencial está suspenso temporariamente.

Efeito da quarentena já custou o emprego do garçom José Roberto (Foto: Kisie Ainoã)
Efeito da quarentena já custou o emprego do garçom José Roberto (Foto: Kisie Ainoã)

Frustrado com a porta fechada, o garçom José Roberto Batista da Silva, 39, diz que foi dispensado porque o local onde trabalhava na Avenida Calógeras já temeu, há duas semanas, o efeito do coronavírus. Recebeu apenas uma promessa: quando normalizar, será recontratado. Ele foi em busca de uma nova carteira de trabalho nesta manhã.

O vendedor Patrick Araújo, 30, perdeu o trabalho há 1 mês e foi à Funsat em busca do seguro desemprego nesta segunda. Ele relatou dificuldade na busca de um novo trabalho e ao perceber o que chamou de “impossível”, resolveu buscar o auxílio do governo federal para ter uma renda neste período “incerto”. Agora, só pela internet.

A Funsat ficará sem atendimento presencial até o dia 10 de abril, mas de acordo com o avanço do novo vírus, a quarentena pode ser estendida. A Funtrab também suspendeu o atendimento presencial por 15 dias a partir desta segunda-feira (23).

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