Zé Teixeira gastou R$ 1.640,50 de verba indenizatória da ALMS
Deputado estadual Zé Teixeira (DEM) usou dinheiro público para pagar bebidas alcoólicas, carnes finas e rodízios para convidados. Irregularidades foram detectadas em documentos fiscais apresentados pelo parlamentar à Assembleia Legislativa e analisados pela ONG Operação Política Supervisionada (OPS), especializada na fiscalização de gastos públicos do Legislativo. No mês passado, o Instituto já havia constatado irregularidades no uso do dinheiro público por parte do deputado Pedro Kemp (PT), que bancou rodadas de cerveja, chope e vinho para sua equipe de gabinete.
Conforme o site Congresso em Foco, Zé Teixeira apresentou as notas à ALMS em 2017 e foi ressarcido em R$ 1.640,50. Dinheiro utilizado para a confraternização do deputado e amigos foi o da verba indenizatória, que é o recurso público destinado exclusivamente para custeio de mandato e tem regras que proíbem pagamento de refeição e bebida alcoólica a terceiros.
Documentos analisados pelo Intituto OPS apontam que em dezembro de 2016, Teixeira pagou jantar para amigos em um restaurante de São Paulo. A refeição, que incluiu pratos com filé mignon, lulas frescas, cordeiro assado e cerveja belga, custou R$ 605.
Aproximadamente um mês depois, em Dourados, ele bancou, com dinheiro público, oito rodízios de churrasco, num total de R$ 500. Em março de 2017, outro gasto, desta vez de R$ 535,50, referentes a almoço para cinco pessoas, de cortes finos de carnes.
Apesar das farras gastronômicas terem ocorrido em 2017, o caso veio à tona agora, após o trabalho de monitoramento e fiscalização realizado pelo Instituto OPS. A ONG está auditando quase mil notas fiscais e, a partir de quarta-feira (9), irá exigir que os deputados estaduais de Mato Grosso do Sul apresentem todos os documentos fiscais que foram ressarcidos a eles neste ano.
Kemp, que foi o primeiro que teve os gastos pessoais pagos com a verba pública levado a público, devolveu R$ 1.784,00 aos cofres da Assembleia, referente as despesas irregulares.
Zé Teixeira foi procurado pela reportagem para comentar o caso, mas preferiu não se manifestar .
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