Eleitores enfrentaram longas filas e não tiveram preferência
A eleição para os Conselhos Tutelares de Campo Grande neste domingo (6) foi marcada pela confusão. Denúncias e dificuldades para votar foram as principais reclamações. Mesmo com o voto facultativo, cerca de 30 mil eleitores compareceram às urnas, segundo a Comissão Eleitoral, o dobro do esperado. O Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) ajudou no processo fornecendo as urnas de lona para a votação.
Cerca de 40 pessoas esperavam para votar em escola nas Moreninhas – Valdenir Rezende/Correio do Estado
“O que dificultou foi não termos mais seções abertas para a votação. Esperamos que no futuro, o TRE faça o processo com todas as seções e com urnas eletrônicas”, disse o presidente do Conselho Municipal de Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Celso José de Barros.
Eleitores enfrentaram longas filas durante todo o período de votação, que ocorreu das 8h às 17h. Pela manhã os primeiros problemas começaram a ser registrados. Diversas pessoas afirmam que os locais de votação previstos no edital não estavam abertos.
Boca de urna e transporte irregular de eleitores foram as principais queixas. As denúncias serão encaminhadas ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso do Sul (MPMS). A expectativa é que 15 mil pessoas fossem votar, mas 30 mil compareceram.
À tarde, as longas filas irritaram os eleitores. Na Escola Estadual Arlindo de Sampaio Jorge, nas Moreninhas, região sul da Capital, a reportagem contou cerca de 40 pessoas esperando para votar. Só após a equipe do Correio do Estado chegar, as mesárias chamaram idosos e outras pessoas com prioridade para votar.
O ajudante geral Luiz Carlos Ortiz, de 55 anos, mora no Conjunto Residencial José Maksoud, e acabou indo votar nas Moreninhas. “Fui em outra escola e me mandaram vir aqui [escola Arlindo de Sampaio Jorge]”, disse, reclamando que esperou por quase uma hora na fila. Outras pessoas que chegaram ao local para votar, ao verem a fila, desistiram e foram embora.
Uma candidata denunciou que a organização falhou ao não se preparar adequadamente. “Não havia nomes das pessoas na lista, sem contar que agruparam várias seções em uma única escola e pessoas tiveram que deslocar muito”, relatou.
Segundo a presidente da comissão, Alessandra Hartmann, esse problema teria sido registrado porque o TRE-MS teria trocado o local de votação dos eleitores sem comunicar as pessoas. A apuração começa nesta segunda-feira (7) e o resultado deve ser divulgado no dia 16 de outubro.
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