Partidos discutem desistir de Simone e Doria e federação pode unir Rose, André e Riedel

Simone pode ter candidatura retirada para viabilizar criação de federação com União Brasil e PSDB (Foto: Arquivo)

O MDB e o PSDB admitem retirar as candidaturas da senadora Simone Tebet e do governador de São Paulo, João Doria, em troca de um nome mais competitivo para disputar a presidência da República. O candidato contaria com o apoio ainda da União Brasil, criado da fusão do PSL e do DEM. A federação das três siglas afunila a disputa pelo Governo de Mato Grosso do Sul e põe no mesmo palanque o ex-governador André Puccinelli (MDB), a deputada federal Rose Modesto (União Brasil) e o secretário estadual de Infraestrutura, Eduardo Riedel (PSDB).

Além de montar um único palanque no Estado, a união das três siglas praticamente define o nome do grupo que irá disputar a Prefeitura de Campo Grande em 2024. Pela regra, a federação vale por quatro anos e só poderá ser implodida na eleição geral de 2026.

O MDB e o PSDB se debatem em busca de uma saída já que os seus candidatos não deslancharam nas pesquisas de opinião. Apesar do esforço hercúleo feito pela senadora, ela permanece na lanterna nas pesquisas e oscila entre traço e 2%, dependendo do instituto. Doria não só não empolgou, como perde apoio a cada novo levantamento divulgado.

Em reunião realizado nesta terça-feira, os presidentes do MDB, Baleia Rossi, do PSDB, Bruno Araújo, e do União Brasil, Luciano Bivar, acordaram unir esforços para formar a federação e até sinalizaram em retirar as pré-candidaturas a presidente de Simone e Doria. Sem candidato, o União Brasil estaria atrás de um nome competitivo.

Bivar planeja filiar o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) para ser o candidato da federação. O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública tem brigado pelo 3º lugar com o ex-governador do Ceará, Ciro Gomes (PDT), e se mostra mais competitivo do que a sul-mato-grossense e o paulista.

Só que a federação vai depender da superação das divergências regionais entre os três partidos. O maior exemplo é o União Brasil que ainda não conseguiu superar as divisões entre o DEM e o PSL.

A criação da federação teria grande impacto na disputa da sucessão de Reinaldo Azambuja (PSDB). André, Rose e Riedel deveriam subir no mesmo palanque e apenas um poderá ser candidato a governador. Entre os três, o melhor pontuado nas pesquisas é Puccinelli.

O ex-governador não deve abrir mão de ser o cabeça da chapa porque lidera os levantamentos. Rose já foi vice-governadora e não estaria disposta a repetir a função. Riedel aposta em pesquisas qualitativas de que teria condições de crescer ao longo da campanha e vencer o pleito.

O cenário eleitoral ainda não está totalmente definido. Incentivada pelo ex-presidente Michel Temer, Simone ainda acredita que tem chance de chegar ao segundo turno para enfrentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ou o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Bivar previu que a eventual federação será definida até meados de março. Coincidentemente este é o mesmo prazo dado por caciques do MDB para Simone sair de 1% e chegar a dois dígitos nas pesquisas.

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