Mortos por dengue em MS já somam 2º pior índice dos últimos 4 anos

Números mostram que 30 pessoas já morreram em território sul-mato-grossenses vítimas da doença e Estado prepara “força-tarefa” para lidar com arboviroses na Capital

Via: Correio do Estado

Em Mato Grosso do Sul os óbitos por dengue, até a primeira semana de novembro, mostram que o Estado já marca o segundo pior índice de mortos pela doença nos últimos quatro anos, sendo necessária uma verdadeira “força-tarefa” na Capital  para enfrentamento das chamadas arboviroses a partir de segunda-feira (18). 

Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, esse mutirão que marca o “Dia D” de combate ao Aedes aegypti em Mato Grosso do Sul conta não só com agentes da SES, mas também com apoio do Ministério da Saúde, Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul (CBMMS) e a Pasta Municipal de Saúde de Campo Grande

“Trata-se de um esforço coletivo para prevenir e controlar a disseminação da Dengue, Chikungunya e Zika. O Dia D é fundamental para promover conscientização, educação e incentivar a adoção de medidas práticas junto à comunidade”, explica Larissa Castilho, superintendente de Vigilância em Saúde da SES.

Em nota, a SES destaca que a Semana de Combate às Arboviroses começa às 09h da próxima segunda-feira (18), com abertura da ação marcada para acontecer no quartel do Corpo de Bombeiros que fica no Parque dos Poderes na Capital. 

Números preocupantes

Dados do último boletim epidemiológico da SES, específico sobre o cenário da dengue em Mato Grosso do Sul neste ano, mostram que o Estado já marca 30 óbitos confirmados por essa doença em 2024, com outros 17 ainda sob investigações. 

Os números mostram que, só entre janeiro e o fim de setembro, cerca de 15.982 casos de dengue foram confirmados em Mato Grosso do Sul e outros 19.358 foram classificados como “prováveis”. 

No panorama dos últimos quatro anos, 2024 só fica atrás de 2023 no números de mortos por dengue, quando 43 óbitos pela doença foram registrados em Mato Grosso do Sul. 

Se comparado com 2021, por exemplo, o número de óbitos (14 à época) teve aumento percentual de 114% em quatro anos, com os números deste ano sendo ainda um salto de 25% diante das mortes de 2022, que encerrou com 24 mortos no correspondente período de 12 meses. 

Mapeando focos 

Conforme o Governo do Estado, essa Semana de Combate é fruto do chamado Levantamento de Índice Rápido para o Aedes aegypti (batizado de LIRAa), um verdadeiro mapeamento das regiões mais críticas com focos do mosquito transmissor. 

Considerado “simples e eficiente”, o método possibilita identificação rápida dessas áreas de maior risco e, como ressalta o coordenador de Controle de Vetores da SES, Mauro Lúcio Rosário, entre os indicativos do LIRAa aparecem dois índices importantes: o de imóveis positivos e o dito “Breteau”, que fornece percentual de depósitos com larvas e identifica tipos de recipientes mais propensos à proliferação do mosquito.

“O LIRAa é uma ferramenta essencial para o controle do mosquito transmissor de arboviroses. Com esse levantamento, conseguimos identificar com rapidez e precisão os locais onde há maior presença do vetor, direcionando nossas ações de combate de forma mais eficaz.

Esses dados nos permitem reduzir o risco de surtos e proteger a saúde da população. A participação da comunidade é fundamental, pois o LIRAa nos alerta sobre a importância de eliminar focos do mosquito nos ambientes domésticos”, frisa Mauro.

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