No mapa do “dogão”, versões mais simples à mais completa.
Se tratando de comida, parece que o campo-grandense sabe mesmo indicar. Ainda mais recomendações de onde matar aquela fome de um bom cachorro-quente. No Mapa Interativo do “dogão”, descobrimos lugares já conhecidos e vários outros para se comer o prato americano mais abrasileirado de todos. Afinal, o nosso hot dog não tem igual.
No Jardim Centenário, Mariely Barros, de 21 anos, sugeriu o Cantinho da Avó Ida. No início deste ano, inclusive, o Lado B conheceu esse “point do dogão” ao melhor estilo “monstro” que até pode ser preparado com camarão e bacalhau.

Já Rogério Procópio, motorista de 40 anos, indicou o seu no Jardim Tarumã. “Melhor lanche para matar a fome. Não cabe nem no tradicional saquinho! Vem no prato mesmo e tem diferentes sabores e recheios”, disse. Clóvis Pereira, professor de 51 anos, escreveu: “o melhor cachorro-quente da cidade fica na rua Marquês de Pombal. Lá é show de bola!”.
Na avenida Afonso Pena quase esquina com a Ernesto Geisel, o comerciante Emerson, 43 anos, sugere as opções do Bomfim Lanches. “Único da cidade com ovo de codorna feito do mesmo jeito todos os dias há 26 anos”, esclarece. Já na Praça do Peixe, no bairro Vilas Boas, o eletricista Guilherme Lima Morel, de 21 anos, prefere o cardápio de hot dog vendido pelo trailer.

Por fim, recomendação de Kethenn Vanessa de Souza, 33 anos, é o Lanches do Papai, no Jardim Canguru. “Tem o melhor ‘dogão’ feito no pão de hambúrguer. Vale a pena conferir”, indicou.
Sem falar, é claro, das opções que o Lado B já apurou. No esquema delivery, a Good Dog Dogueria traz 20 variedades inusitadas, uma delas vem até com tortilha. Já no Jardim Imperial, o Hot Dog do Chef é um self service caprichado por menos de R$ 5.
Desde 1991, Elcio Goncalves Domingues tornou-se famoso com o seu “Dogão da Mato Grosso”, em frente ao Colégio Dom Bosco. Na pandemia, ele até se reinventou e, para não perder a freguesia conquistada durante décadas, investiu na moda dos aplicativos de comida. No Bairro Novos Estados, tem também cachorro-quente inspirado no Sul do país com 23 cm de gostosura e 14 recheios. Haja fome!

1001 versões – Por falar em cachorro-quente, todo mundo tem a sua versão preferida. Começa pelo corte: em rodelas, cubinhos ou com a salsicha inteira – tostadinha ou não. Ao invés do ketchup, o molho pode levar uma colher de açúcar ou ainda pimentão verde cortadinho para dar uma adocicada. Nos acompanhamentos, os tradicionais maionese, mostarda, batata-palha e milho.
Mas também tem esquema mais “completinho”, com ervilha espanhola, cenoura ralada, azeitona, bacon, calabresa, catupiry, purê de batata e mais… muito mais. Por fim, o “dogão monstruoso” pode ser prensado na chapa ou até vir servido no prato em oposição ao saquinho de plástico. Maneiras diferentes de se curtir a iguaria.


Quando você olha para o cardápio do Cantinho da Vó Ida, lanchonete do paulista Paulo Sérgio Fernandes da Costa e da esposa, a campo-grandense Márcia Silva Moraes Fernandes da Costa, não acredita.
Localizada no Jardim Centenário, os hot dogs são as estrelas do estabelecimento e matam a fome de qualquer batalhão. Tem hot dog de camarão, de filé de tilápia, de bacalhau, de carne seca e até de estrogonofe. Tudo no estilo paulista, com muito purê de batata.
Os lanches nem fecham, chegam à mesa abertos. O pão é só uma “cama” para o caminhão de recheio que vem por cima. É de deixar qualquer um louco.
“Eu já conheci muito hot dog no interior de São Paulo e quando desenvolvi as receitas no meu próprio, tentei prestigiar as coisas que eu gosto de comer. Então amo camarão. Por que não colocar no hot dog, e é assim com todas as opções”.


Paulo é de Mogi Guaçu, no interior de São Paulo. Já fez de tudo na vida, mas tem só na cozinha o prazer de trabalhar. Ele chegou a abrir o mesmo negócio com o mesmo nome em 2015 na cidade paulista, mas não deu certo.
Veio para Campo Grande em 2017, onde conheceu sua esposa Márcia, e foi quando retomou o sonho adiado anos antes. “No começo a gente fazia tudo sozinho, até as entregas. Eu cheguei a andar 30 km para entregar um lanche. Na chuva, as vezes a moto dava problema, mas a única coisa que eu pensava é: “vai dar certo”.
O nome do estabelecimento é uma homenagem à mãe de Paulo, dona Ida, chamada de “Vó Ida” pela filha do casal. “Acho que é um jeito de sempre lembrar da minha mãe e da minha filha ao mesmo tempo”.
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