Partido não vai mais apoiar candidatura de sul-mato-grossense que agora busca votos sozinha
A senadora Simone Tebet (MS) vai concorrer à presidência do Senado Federal de forma independente. Seu partido, o MDB, não vai mais apoiá-la como legenda. Caberá a parlamentar buscar voto a voto para sua candidatura.
Simone disputa o cargo com o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) que tem o apoio do atual presidente da Casa Davi Alcolumbre (DEM-AP) e a simpatia do presidente da República Jair Bolsonaro.
Durante entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira, 28 de Janeiro, ela informou ter recebido telefonema do líder do partido, Eduardo Braga, que a teria liberado de qualquer compromisso com a legenda.
Conforme Simone, o colega de bancada alegou que o MDB não poderia dar suporte suficiente à parlamentar, em face da eleição estar próxima, marcada para o dia 1° de Fevereiro.
“Eu não tenho outra coisa a fazer a não ser comunicar que eu deixo de ser candidata do MDB e passo a ser candidata independente”, disse reforçando que não se considera candidata avulsa. “Represento um grupo de senadores que estão comigo independentemente de estarmos ou não candidatos por determinado partido”.
A parlamentar afirma ter o apoio de partidos como PSDB, Cidadania e Podemos. Já Pacheco tem legendas como DEM, Rede, PSD, PT, PDT, PP e Republicanos. Pesquisas extra-oficiais apontariam grande vantagem de votos dos senadores para ele, segundo a imprensa nacional.
Simone esclareceu que vai continuar no MDB apesar do recuo da legenda em apoia-la. Ela também reiterou que não é concorrente da oposição estando “a favor do Brasil”.
“Nossa campanha começa agora novamente”, disse ao falar que é um orgulho ser a primeira mulher a concorrer ao cargo em 200 anos de história. “Hoje podemos dizer que a mulher brasileira tem uma representante candidata à presidência do Senado”.
Ela defendeu esforço conjunto para enfrentar o “confuso cronograma de imunização em massa da população brasileira e o retorno de um auxílio emergencial, ainda que temporário, com valor menor e dentro da responsabilidade fiscal”.
Simone também defendeu a retomada imediata das reformas estruturantes, especialmente de uma reforma tributária que garanta justiça social.
Candidato oficial – Simone ainda relembrou que abriu mão de sua candidatura dois anos atrás em favor do senador Davi Alcolumbre porque ele tinha se comprometido com a independência do Senado.
“Hoje, a independência está comprometida porque temos um candidato oficial do governo e isso é visível diante da assertiva e dos anúncios feitos por colegas diante da estrutura e do apoio e dos pedidos dos ministérios pedindo apoio para ele. Não é possível sairmos da crise se não tivermos a absoluta independência para recebermos todos os projetos do governo federal, desde que aprovadas dentro das convicções de casa senador”, disse.
A senadora tem ouvido diversos segmentos da sociedade para compor a sua plataforma de campanha. Já se reuniu com grupos de mulheres, profissionais da saúde, economistas, cidadãos comuns, movimento negro, etc, para assumir compromisso com o país e com as pessoas.
Seja o primeiro a comentar