Despesas com aluguel de carro, promoção pessoal na internet e escritório de apoio chegaram a R $ 2,08 milhões
Em 2020, os oito deputados federais custaram aos cofres públicos um total de R $ 13.193.458,84. A quantia consta no Portal da Transparência da Câmara, e a soma tem origem no salário dos deputados, nas cotas parlamentares, no auxílio-moradia e no custo para manutenção dos gabinetes.
O maior volume de recursos gastos é na manutenção dos gabinetes: R $ 7,58 milhões. A soma dos salários de R $ 33.763,00 de cada deputado resultou, no ano, em uma despesa de 3,42 milhões.
Já a despesa com auxílio-moradia, para os três deputados que não usam os apartamentos concedidos, foi de R $ 89 mil, eo gasto com cota parlamentar, que utilizará para pagar pela promoção pessoal dos parlamentares nas redes sociais, passagens aéreas, aluguel de carros, combustível, entre outros gastos cotidianos, foi de R $ 2.089 milhões.
O gasto da cota parlamentar foi inferior ao ano de 2019, quando o valor desembolsado pela Câmara com os deputados de Mato Grosso do Sul foi de R $ 2,7 milhões. A diferença ocorre, sobretudo, na redução de gastos com passagens aéreas, que caíram de R $ 588 mil no primeiro ano do mandato deles, para R $ 118 mil no ano passado.
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Só de divulgação das atividades parlamentares, os oito deputados federais de MS usaram R$. 588,6 mil da cota parlamentar. Em 2019, os deputados gastaram R$. 704,7 mil nesta categoria de despesa.
A locação de automóveis pela bancada federal consumiu R $ 455 mil dos cofres da Câmara em 2020, enquanto no ano anterior foi de R $ 328 mil.
A manutenção de escritórios de apoio foi a terceira maior causa de gastos pelos parlamentares: consumiu R $ 403 mil.
O recorde de gasto deste recurso ficou para o mês de fevereiro, quando os parlamentares utilizaram R $ 284.531,45. Em seguida aparece o mês de março, com R $ 210.763,98 e janeiro, com R $ 202.396,00, respectivamente. Nos três primeiros meses de 2020, o País enfrentou o início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Mais gastadores
No que se refere ao ranking de gastos, Dagoberto Nogueira, com R $ 411,3 mil em despesas, aparece na primeira posição; o segundo parlamentar que mais utilizou a cota parlamentar foi Beto Pereira, com 407 mil.
Vander Loubet (PT), com R $ 355 mil em despesas e Loeste Trutis (PSL), com R $ 329 mil, fecham o pelotão dianteiro dos que mais usaram a cota.
Bia Cavassa (PSDB), R $ 195 mil, Rose Modesto (PSDB) consumiu R $ 170 mil, Luiz Ovando (PSL) R $ 167 mil e Fábio Trad (PSD), R $ 55 mil.
Gabinetes
Em relação ao gasto com pessoal, foram utilizados 75,48% dos pouco mais de R $ 10 milhões que havia disponível.
Em todo o ano de 2020, uma contratação de consultoria, de assessores terceirizados, entre outros, chegou a R $ 7.585.799,38.
Cada deputado tem R $ 111.675,59 por mês para pagar salários de até 25 secretários parlamentares, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salário de R $ 1.025,12 a R $ 15.698,32.
Encargos trabalhistas, como 13º, férias e auxílio-dos secretários parlamentares, não são cobertos pela verba de gabinete – são pagos com recursos da Câmara.
Auxílio moradia
Os deputados federais têm direito a receber um auxílio-moradia no valor de R $ 4.253,00, quando não ocupam um dos 432 apartamentos proporcionados que a Câmara tem em Brasília.
O auxílio-moradia pode ser pago diretamente em dinheiro, com desconto do Imposto de Renda na fonte ou por reembolso, mediante a apresentação de recibo de aluguel ou hotel. O reembolso é isento de Imposto de Renda.
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