Ossos humanos e caixões são queimados ao ar livre em cemitério de Mairinque; polícia investiga

Caso está sendo investigado como violação de sepultura. Vereadora Rose do Cris (MDB) alega que o cemitério não possui equipamento para incineração e, por disso, os restos mortais são queimados de forma irregular.

A Polícia Civil está investigando uma suspeita de violação de sepultura e de ossos humanos e caixões sendo queimados ao ar livre no Cemitério Municipal de Mairinque (SP), na quarta-feira (22).

A vereadora Rose do Cris (MDB) disse que recebeu uma denúncia anônima sobre o assunto e decidiu ir até o local, onde encontrou uma urna descartada de forma irregular.

“Quando recebi, havia indícios de uma urna funerária e um caixão queimado com possíveis restos mortais. Chegando lá, encontrei uma urna bem deteriorada na parte do cemitério que ainda tem bastante terra. Ali não é lugar de descarte, ainda mais que estão abrindo túmulos novos pela área”, explica.

Rose prossegue dizendo que, ao andar pelo cemitério, avistou um ponto de queimada. Ao chegar lá, foi constatado que era um caixão junto de ossos humanos. Veja na imagem acima.

“No momento em que vi o ponto de queimada, duvidei se era um caixão de fato. Cheguei lá e percebi que era. Nessa hora, acionei as autoridades imediatamente, que elaboraram uma perícia técnica. Foi uma sensação bem ruim ter visto aquilo”, detalha.

A vereadora explica que o ato de incinerar ossos humanos pode ser comum por conta do tempo de concessão do túmulo, que pode variar. No entanto, ela alega deve ser feita com um equipamento apropriado – que não está disponível no cemitério.

“Quando passa um tempo da concessão, o cemitério avisa aos familiares que o túmulo precisará ser desocupado e, com o aval deles, a incineração é feita. Mas ela não deve ser feita dessa maneira. Quando conversei com os funcionários, eles me disseram que não há um local apropriado para o descarte”, alega.

À reportagem, Rose pontua que voltou ao cemitério no dia seguinte para averiguar a situação novamente. No entanto, os restos mortais continuavam no mesmo lugar.

“Foi queimado em um dia e, no outro, seguia exposto ao tempo. Foi uma cena muito ruim de presenciar, há restos de caixões, ferros e roupas encostadas em um monte próximo da linha do trem. Mesmo que seja exumação, as pessoas que ali estão precisam de um destino correto”, lamenta.

Em nota, a Prefeitura de Mairinque afirma que a Guarda Civil Municipal (GCM) foi acionada para averiguar a denúncia e, assim que chegou ao local, a Polícia Civil foi contatada.

Ainda conforme a nota, foi aberto um Processo Administrativo Interno (PAI) para apurar o ocorrido em paralelo às investigações policiais. A prefeitura segue acompanhando o caso.

A Polícia Civil confirmou que investiga o caso como suspeita de violação de sepultura.

Caso está sendo investigado como violação de sepultura — Foto: Correio do Interior/TV Mairinque
Caso está sendo investigado como violação de sepultura — Foto: Correio do Interior/TV Mairinque


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