Entrevista: Wagner Moura fala sobre ‘Guerra Civil’, jornalismo, polarização política, democracia e mais

Thriller distópico estrelado pelo ator acaba de entrar em cartaz nos cinemas brasileiros

Após “Guerra Civil” dominar as bilheterias norte-americanas no final de semana de estreia, o longa-metragem repleto de ação e trama distópica (ou nem tanto) chega aos cinemas brasileiros a partir desta quinta-feira (18).

Estrelado por Wagner Moura, que já ocupa um lugar consagrado no cinema internacional, o filme mostra seu personagem Joel, um jornalista da Reuters que está cobrindo uma guerra civil nos EUA. Ao lado de três colegas, ele está a caminho de Washington D.C. para tentar uma entrevista com o Presidente antes da oposição chegar e o derrubar do poder.

A direção é de Alex Garland, conhecido por seus trabalhos em “Ex_Machina: Instinto Artificial” (2014) e “Aniquilação” (2018). Nomes como Kirsten Dunst, Stephen McKinley Henderson, Cailee Spaeny e Jesse Plemons também compõem o elenco.

O ator esteve no Brasil para divulgar o filme e conversou com a Cine NINJA sobre os temas que permeiam o longa, como a importância do jornalismo, da democracia, os danos da polarização política na vida das pessoas e na sociedade, e muito mais.

“O jornalismo de guerra é outro universo, talvez seja mais parecido com o que vocês (Mídia NINJA) fazem, do que com o jornalismo que eu conheço e trabalhei. É outro mundo que eu não conhecia. Então eu comecei a ler, estudar, conversar com correspondentes de guerra, para entender o que aquilo era”, explica Wagner ao falar sobre a construção de seu personagem no longa.

Segundo Wagner, o filme tem a capacidade de gerar um estado de dissonância cognitiva na mente do norte-americano médio, uma vez que tais imagens distópicas, da perda da democracia, começa a fazer sentido nos tempos atuais. “A democracia é uma luta diária”, lembra.

Em tempos de polarização e fake news, Moura ressalta a importância da verdade: “O que mais me assusta no mundo hoje é a ideia de que a verdade da forma como conhecemos, acabou (…) o fato está deixando de ser importante”.

Ainda sobre os perigos da instabilidade política e democrática, o ator pontua que “não é por acaso que Trump fala mal de jornalistas, que Bolsonaro fala mal de jornalistas”.

“Todos os líderes que possuem tendências autoritárias, as primeiras coisas que tentam calar é o jornalismo, a universidade e os artistas. Porque são três forças que fazem pensar e que nos conectam com a realidade”, afirma Wagner.

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