Cotado para assumir Educação em MS já foi denunciado por suposto abuso de poder político

O ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer (MDB), Rossieli Soares (PSDB), já foi acusado de fazer uso da estrutura do estado para angariar capital político para sua campanha a deputado federal

Cotado para assumir a Secretaria Estadual de Educação (SED) na gestão do governador eleito Eduardo Riedel (PSDB), o ex-ministro da Educação no governo de Michel Temer (MDB). 

Rossieli Soares (PSDB), já foi acusado de fazer uso da estrutura do estado para angariar capital político para sua campanha a deputado federal neste ano em São Paulo, conduta que viola princípios da Lei Eleitoral.

A denúncia contra Rossieli Soares, que também já foi ex-secretário estadual de Educação em São Paulo, constou em uma ação encaminhada ao Ministério Público Eleitoral (MPE) pela deputada estadual Bebel (PT-SP), também presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo.

O documento listou uma série de ocasiões em que o candidato esteve presente em eventos de educação, promovidos pelo governo paulista, ao lado de prefeitos, dirigentes educacionais e do governador Rodrigo Garcia (PSDB).

O documento destacava, por exemplo, uma agenda em Caieiras, em abril deste ano, em que Rossieli participou do 2º Encontro Formativo das Equipes de Coordenação Gremista 2022 da Diretoria de Ensino da Região de Caieiras.

O evento foi precedido de um convite oficial encaminhado pelo Dirigente Regional de Ensino, Celso de Jesus Nicoleti.

Lideranças que discursaram no encontro pediram para que os participantes seguissem Rossieli em suas redes sociais.

As agendas de Rossieli junto a integrantes do governo eram amplamente divulgadas em suas redes sociais, caso de sua presença em Carapicuíba, em 7 de maio, e uma bastante similar em Presidente Prudente, em 20 de maio.

Em ambas, o governador Rodrigo Garcia (PSDB), candidato à reeleição, esteve presente. Bebel pediu ao Ministério Público que Rossieli fosse investigado por abuso de poder político e econômico, o que poderia justificar um pedido de impugnação do registro de sua candidatura.

Servidores apontam uso de funcionários

Entre os servidores, há o entendimento de que Rossieli Soares não apenas mantinha ainda sua influência sobre a Secretaria de Educação, como fazia uso de servidores do governo para atuarem em sua campanha.

A atuação não é propriamente vedada pela Lei Eleitoral, desde que não se dê durante o horário de expediente.

Em relato sigiloso, um servidor sustenta que tinha interferência política do candidato na Secretaria de Educação.

Segundo ele, Rossieli teria trabalhado pela saída de Renilda Peres após um desentendimento e, em ligações, seria tratado como ‘chefe’ por Vitor Knobl Moneo, chefe de gabinete da pasta.

O servidor sustentou ainda que uma das funcionárias do gabinete, Michelle Aparecida de Oliveira, seria paga para acompanhar Rossieli Soares em suas viagens.

No dia 24 de maio, conforme publicação no Diário Oficial do Estado, o gabinete da Seduc-SP autorizou ’em caráter excepcional’ o pagamento de diárias à servidora, que ocupava o cargo de ‘assessor II’, por ter acompanhado representantes da Secretaria Estadual de Educação em Araçatuba, no período de 12 a 14 de maio.  

Já em Presidente Prudente, de 18 a 21 de maio. Rossieli esteve presente na agenda de Presidente Prudente, conforme mostram fotos publicadas por ele nas redes sociais.

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