Justiça manda PF investigar suspeita de assédio eleitoral a beneficiários do Auxílio Brasil em Coronel Sapucaia

O ‘Profissão Repórter’, da TV Globo, exibiu uma reportagem na qual flagrou uma suspeita de assédio eleitoral no município a menos de 48 horas da votação do segundo turno. O prefeito da cidade, Rudi Paetzold (MDB), não se pronunciou.

A Justiça Eleitoral de Mato Grosso do Sul determinou que a Polícia Federal (PF) investigue suspeita de assédio eleitoral a beneficiários do Auxílio Brasil em Coronel Sapucaia (MS). O ofício foi emitido, nesta quinta-feira (3), e manda a PF apurar a denúncia de uma reunião convocada 48 horas antes do 2º turno com cidadãos que recebem o benefício social.

O caso foi revelado pelo repórter Caco Barcellos no Profissão Repórter na terça-feira (1º), que mostrou que os beneficiários estavam sendo assediados a votar em Jair Bolsonaro (PL) para presidente. 

Falaram que teria que votar no 22 ou não teria mais verba', diz moradora de  cidade onde Profissão Repórter flagrou assédio eleitoral | Profissão  Repórter | G1

Profissão Repórter flagra suspeita de assédio eleitoral em Coronel Sapucaia (MS)

Na determinação, a Justiça Eleitoral vê a investigação da PF como uma tentativa de esclarecer a finalidade da reunião e levantar evidências para apurar os fatos que a reportagem que o “Profissão Repórter” denunciou.

Procuradoria investiga

A Procuradoria Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul informou que vai investigar a denúncia de assédio eleitoral ocorrido em Coronel Sapucaia (MS).

“Serão solicitadas diligências ao promotor eleitoral de Coronel Sapucaia para instruir o feito”, afirma o Ministério Público Eleitoral no estado na manhã desta quarta-feira (2).

Internautas cobram prefeito

Internautas pedem posicionamento do prefeito nas redes sociais. — Foto: Redes sociais/Reprodução
Internautas pedem posicionamento do prefeito nas redes sociais. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Nas redes sociais do prefeito de Coronel Sapucaia (MS), Rudi Paetzold (MDB), internautas cobram posicionamento sobre a denúncia de assédio eleitoral com beneficiários do Auxílio Brasil. Ao g1, a assessoria de Rudi disse que o prefeito “não irá se posicionar sobre o caso no momento.

No Instagram de Rudi, algumas pessoas comentaram cobrando um posicionamento do prefeito e chegaram a marcar as contas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS).

Entre as postagens, um usuário escreve: “Que exemplo em prefeito”. Em outro post, outro comentário: “Eaí prefeito, e essa compra de votos?”.

Indignados, pessoas comentaram em post nas redes sociais.  — Foto: Redes sociais/Reprodução
Indignados, pessoas comentaram em post nas redes sociais. — Foto: Redes sociais/Reprodução

Empate no 1º turno, vitória de Bolsonaro no 2º

Coronel Sapucaia (MS) é uma das 3 cidades em todo o Brasil em que Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) tiveram exatamente o mesmo número de votos no primeiro turno: 4.254 votos cada um.

Mas, no segundo turno – após, portanto, as reuniões em que os beneficiários do Auxílio Brasil foram incentivados a votar no atual presidente da República -, o número de votos em Bolsonaro subiu para 4.530. Ou seja, 276 a mais que no primeiro turno. Já os votos em Lula caíram para 4.090, ou seja, 164 a menos.

No primeiro turno, o total de votos brancos (48) e nulos (284) foi menor do que no segundo turno, com 63 votos brancos e 432 nulos.

Divergências, mas sem agressões

O racha entre Lula e Bolsonaro levou tensão para a convivência entre os moradores de Coronel Sapucaia. Principalmente no ambiente virtual. “Vejo muito bate-boca em redes sociais e muita gente perdendo a amizade. É o que pude perceber, tem muitos grupos de família com brigas e discussões”, diz a professora Rosângela Polatha.

Contudo, a convivência presencial não reflete casos de violência política, como ocorreu em partes do país com agressões físicas, ataques a tiros e até mortes.

Profissão Repórter flagra suspeita de assédio eleitoral em Coronel Sapucaia  (MS) | Profissão Repórter | G1

“As pessoas estão bem divididas por conta da eleição, mas acredito que não tenha briga, não”, conta Rita Oliveira, vendedora em uma loja de roupas. “Convivência está mais ou menos, as pessoas têm se estranhado, mas não tem briga. Não tem tido brigas, não”, diz o gerente de vendas Antony Bordão.

Agora, nem todo mundo aceita dizer abertamente em quem vai votar no 2º turno. “Não votei Lula ou Bolsonaro no 1º turno e vou votar no 2º. Prefiro deixar [o voto] no particular”, responde Antony, quando questionado se será Lula ou Bolsonaro no dia 30 de outubro.

Informação: G1MS

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