Em depoimento, autor alegou que vítima teria agredido com uma faca, o que causou ferimentos no tórax
O segurança, Carlos Roberto Silva Strogueira, de 24 anos de idade, é o principal suspeito de assassinar o administrador, Devanir Paltanin, de 46 anos, na última quinta-feira (24) na Vila Bordon, em Campo Grande (MS). Autor se entregou e prestou depoimento na tarde de quarta-feira (30) na Sétima Delegacia de Polícia de Campo Grande (7ª DP).

(Foto: Semi Ferreira/TV MS Record)
Durante a coletiva de imprensa nesta quinta-feira, 31 de Março, a delegada responsável pelo caso, Franciele Candotti relatou que o autor confessou o crime.
“Carlos contou que eles usaram drogas na noite de quarta-feira (23). No dia seguinte, começaram a brigar, pois, o autor descobriu que a vítima teria usado o nome ‘Roger’ durante os 4 meses em que os dois estavam juntos. Eles se conheceram por meio de aplicativo”.
No depoimento, Carlos contou que foi tirar satisfação, mas Devanir debochou e não aceitou. Neste momento, a vítima pegou uma faca e atingiu Carlos no tórax, que revidou e acabou ceifando a vida do administrador. Como a vítima estava despido, Carlos ainda chegou a cobriu o corpo com o cobertor, fugiu da residência e foi procurar ajuda do pai que preocupado com o filho, acionou a polícia na sexta-feira (25).

(Fotos: Luiz Alberto)
Segundo a delegada, o autor se mostrou arrependido. “Ele estava nervoso, até porquê ele tem uma filha, de 3 anos de idade, a família não sabia que ele era homossexual e nem que estaria mantendo relações sexuais com Devanir. Para ele, pode ser um sentimento também de vergonha.
Já a advogada na quarta-feira (30) o defendeu dizendo que o crime foi em legítima defesa e mostrou a lesão que ele tem no tórax causando por uma faca pequena
“Ao todo, foram usadas três facas, e de acordo com Carlos, ele jogou em um córrego perto do bairro José Pereira, por onde ficou em uma residência escondido até a data de quarta-feira (30)”, finalizou a delegada.
No dia do crime, os investigadores encontraram roupas, objetos espalhados no chão, cachimbo para consumo de drogas, embalagem de preservativo aberta, sem o preservativo e um cutelo lavado em cima da pia da cozinha. Durante análises das perfurações em Devanir, é possível considerar que não foi usado o cutelo. Porém, existem duas lesões na panturrilha e outra no pescoço, que o cutelo pode ter sido usado para tentar esquartejar a vítima. Indagado sobre o fato, Carlos negou.
Por estar cooperando com as investigações e ainda não ter os laudos completos da vítima, a delegada responsável não irá pedir a prisão preventiva de Carlos, porém, ele deve ser indiciado por homicídio qualificado por meio cruel.

(Foto: Reprodução/TV MS Record)
O caso – Devanir Paltanin, de 46 anos de idade, foi encontrado morto com vários ferimentos pelo corpo em uma residência na última sexta-feira (25) na Vila Bordon, em Campo Grande (MS). O suspeito do assassinato é Carlos Roberto Silva Strogueia, de 24 anos.
Conforme o Boletim de Ocorrência, Carlos procurou o pai após o crime para dizer que havia brigado com uma pessoa em sua casa e queria o mesmo o levasse até o endereço do bairro José Pereira. Ele apresentava lesões em uma das mãos e no peito e estava transtornado sob efeito de drogas.
O homem então acionou a Polícia Militar para que fosse até o imóvel do filho. A equipe foi até o residência e, localizaram um veículo modelo Fiat Punto em frente à casa. Em seguida, tiveram que arrombar o cadeado do portão e no quintal já perceberam que havia muito sangue no local.
Já dentro da casa, foram encontrados roupas e objetos espalhados no chão. Em diligências pela casa, policiais encontraram um homem caído no chão enrolado em um cobertor, totalmente despido e com diversas lesões e com bastante sangue ao redor do corpo.
No local, foram também foram encontrados um cachimbo para consumo de drogas, um cutelo em cima da pia da cozinha – que pode ser o objeto usado no crime e uma embalagem de preservativo aberta, sem o preservativo.
A perícia técnica foi acionada para a preservação da cena do crime. O caso foi registrado como homicídio qualificado com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso na 7ª DP.
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