Depoimento do principal suspeito, que está preso, abriu a necessidade de mais apurações
Adailton Freixeiro chegou à Deam da Capital
Investigadores da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Deam, de Campo Grande (MS) estão realizando novas diligências nesta sexta-feira, 4 de Fevereiro, sobre a morte de Francielle Guimarães, de 36 anos.
O principal suspeito pelo crime, o marido dela, Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, está preso. Na tarde de quinta-feira, 3, ele chegou à Deam trazido de Cuiabá (MT), sob escolta policial.
Segundo informações, o depoimento dele abriu a necessidade de novas apurações sobre o crime. A entrevista coletiva que estava prevista para esta sexta-feira foi transferida para a semana que vem.

Adailton Freixeira é o principal suspeito de torturar a vítima até sua morte. A mulher faleceu no dia 26 de Janeiro dentro de casa no Portal Caiobá. Inicialmente, o caso era tratado como morte natural, mas a perícia constatou os maus-tratos.
Adailton fugiu no mesmo dia do falecimento da vítima e seguiu para Cuiabá onde tem parentes. Mas, ao chegar na rodoviária foi reconhecido através de fotos e preso pela polícia do Mato Grosso.
Agora, ele está na Deam de Campo Grande à disposição das delegadas que apuram o caso. Posteriormente, ele deverá ser encaminhado para o sistema prisional da Capital.

O caso – Francielle Guimarães Alcântara morreu na madrugada de quarta-feira (26) após ser torturada pelo marido na casa onde moravam, na rua Cachoeira do Campo, no Portal Caiobá, em Campo Grande (MS).
A vítima foi mantida em cárcere privado por aproximadamente 28 dias e, não tinha aparelho celular, para não ter contato com os familiares.
Conforme as informações, a vítima passou mal em sua residência e pediu ajuda do filho. Ele auxiliou a mãe a ir até o banheiro quando viu um comprimido na boca da mulher que em seguida o engoliu.
O adolescente não sabe dizer que remédio era, porém, afirmou que Francielle possuía problemas de saúde e fazia uso de muitos medicamentos. Como a vítima estava passando mal, o filho acionou a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

Durante o atendimento, foi constatado que a vítima não respondia e nem respirava há mais de uma hora. O caso estava sendo tratado como morte natural, mas após a perícia médica, foi constatado que a Francielle apresentava pelo corpo sinais de tortura.
As nádegas da vítima não tinham pele (por receber choque elétrico), havia equimose em região torácica, ferimentos na região cervical com edema periorbital e hematomas na região abdominal.
O caso é investigado como feminicídio, violência doméstica e familiar tortura, se resulta em morte, sequestro e cárcere privado, se resulta a vítima, em razão de maus-tratos ou da natureza de detenção, grave sofrimento físico ou moral.
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