Presídio Federal de Campo Grande recebe chefes das fraudes na mineração

Conforme a Polícia Federal, três cabeças do esquema bilionário foram transferidos no começo da tarde de Belo Horizonte para MS

Três supostos chefes do esquema de fraudes milionárias na mineração foram transferidos de Belo Horizonte para o Presídio Federal de Campo Grande no começo da tarde deste sábado (20). Eles foram presos pela Polícia Federal durante a Operação Rejeito, deflagrada na última quarta-feira (17) em Minas Gerais.

A investigação desvendou uma organização criminosa que atuava na liberação de licenças ambientais fraudulentas para exploração mineral. O esquema envolvia pagamentos de propina com participação de empresas de fachada e “laranjas”, servidores públicos e empresários. O diretor da Agência Nacional de Mineração (ANM), Caio Mario Seabra, estava entre os presos.

Segundo a PF, foram transferidos para o presídio de segurança máxima da capital sul-mato-grossense três dos chefes do esquema: Alan Cavalcante do Nascimento, apontado como chefe do grupo criminoso.

Além dele, a PF transferiu João Alberto Paixão Lages, sócio de empresa e articulador do esquema, e Helder Adriano de Freitas, apontado como articulador com servidores públicos e representantes de órgãos ambientais para manipular processos de licenciamento.

Conforme informações do G1 de Belo Horizonte, o avião com os presos deixou o Aeroporto da Pampulha, na capital de Minas Gerais,  por volta de 13 horas no horário local. 

Na quinta-feira, a operação prendeu 16 pessoas por participação no esquema. Os crimes investigados incluem organização criminosa, corrupção ativa e passiva, e lavagem de dinheiro, além de crimes ambientais e contra a ordem econômica.

De acordo com autoridades, esta é a primeira vez na história que a Justiça autoriza a transferência de presos ligados a crimes ambientais para um presídio federal de segurança máxima.

Inaugurado em dezembro de 2006, o presídio federal de Campo Grande tem capacidade para 208 detentos e desde a inauguraçao abrigou alguns dos mais conhecidos criminosos do país, como Fernandinho Beira-Mar, comendador Arcanho, Elias Maluco, os irmãos Brazão e uma infinidade de outros. 

GOVERNO ZEMA
O esquema revelado pela Operação Rejeito movimentou cifras bilionárias. A Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,5 bilhão ligado aos envolvidos nas fraudes. A investigação atingiu diretamente o alto escalão do governo Romeu Zema (Novo).

Pelo menos quatro dirigentes de órgãos ambientais e de patrimônio estaduais foram exonerados ou afastados dos cargos após serem citados nas investigações.

Na quinta-feira (18), Romeu Zema disse que a Controladoria Geral do Estado (CGE) já suspeitava da organização criminosa e que espera uma “punição exemplar” aos envolvidos.

“Estamos dando todo apoio às investigações. Já havia suspeita por parte da Controladoria Geral do Estado, que já estava fazendo diversas averiguações. E eu espero que haja uma punição exemplar para aqueles que realmente estejam envolvidos em qualquer ato ilegal”, afirmou.

Em nota, o governo de Minas afirmou que “não compactua com desvios de conduta de servidores” e que está tomando todas as medidas administrativas cabíveis, incluindo a exoneração e afastamento dos envolvidos.

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