Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, conhecido como ‘Mascherano’, estão foragidos
A Secretaria da Segurança Pública de São Paulo divulgou, em entrevista coletiva realizada nesta quinta-feira (18), a identidade e imagens de suspeitos de participação na morte do ex-delegado-geral da Polícia Civil Ruy Ferraz Fontes em Praia Grande (SP).
De acordo com a pasta, os dois suspeitos são Flávio Henrique Ferreira de Souza, 24 anos, e Felipe Avelino da Silva, conhecido como “Mascherano”.
O secretário da Segurança Pública do estado de São Paulo, Guilherme Derrite, afirmou que os dois foram identificados através da perícia feita em um veículo Hilux abandonado.
“Tentaram quebrar o vidro, sem sucesso, para atear fogo. Não conseguiram. Com exames periciais, conseguimos chegar até a identificação deles.”
Segundo Derrite, os dois estão foragidos, com pedido de prisão temporária em aberto. Os investigadores não informaram qual o papel da dupla no crime.
De acordo com o secretário, Mascherano tem a função de “disciplina” na facção PCC (Primeiro Comando da Capital) na região do ABC Paulista, e já foi preso duas vezes por tráfico e outras duas por roubo.
“No último período dele [Mascherano] no sistema penitenciário, ficou mais de seis anos preso pelo crime de roubo. Mais uma vez, a impunidade. Estava na rua, participando de um atentado contra uma autoridade, um delegado de polícia”, disse Derrite.
Suspeita presa
Na madrugada desta quinta-feira, uma mulher foi presa temporariamente sob suspeita de transportar uma das armas usadas no crime, após um longo depoimento.
“Essa mulher, que tem antecedentes criminais por tráfico de drogas, recebeu a determinação para ir ao litoral, isso segundo depoimento dela, desceu até Praia Grande em busca do que ela chamou de um pacote. Foi um dos fuzis utilizados no assassinato do Dr. Ruy. Ela vive numa região periférica de Diadema, trouxe para a capital e entregou em mãos para um indivíduo, que estamos tentando identificar”, afirmou na entrevista o secretário da Segurança Pública.
Na quarta-feira (17), familiares de dois suspeitos de participar do crime foram ouvidos pela polícia.
A polícia trabalha com duas hipóteses para o crime: retaliação pelo cargo público ocupado por Fontes ou vingança por seu combate ao PCC.
Ruy Fontes era conhecido por sua atuação contra o PCC antes de se aposentar em 2023. Apesar das ameaças, ele não tinha escolta policial, uma realidade comum para muitos agentes públicos no Brasil.
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