
Polícia trabalham com a hipótese de que ele levou um mata-leão durante evento. Outra linha de investigação considera que ele sofreu um golpe ‘boa noite, Cinderela’.
A Polícia Civil de São Paulo trabalha há uma semana na investigação da morte do empresário Adalberto Amarilio Junior, que foi encontrado, sem calça e sem tênis, dentro de um buraco em uma obra no Autódromo de Interlagos, na Zona Sul da capital.
Uma das hipóteses é a de que ele sofreu um mata-leão durante alguma briga no evento de motos que acontecia no local.
Há ainda a suspeita de que, se ele foi colocado no buraco por alguém, essa pessoa tinha muito conhecimento sobre o local.
Nesta quarta (11), uma outra linha de investigação perdeu força: a que cogitava que ele tenha sofrido um golpe “boa noite, Cinderela” em seu carro, já que foram encontradas marcas de sangue em pelo menos quatro pontos do veículo. Segundo a polícia, no entanto, as marcas já poderiam estar ali previamente, assim o sangue não estaria diretamente relacionado à morte.
Exames realizados pelo Instituto Médico Legal (IML) não identificaram fraturas ou sinais de trauma no corpo da vítima. Segundo os legistas, Adalberto pode ter sofrido uma compressão torácica e morrido por asfixia em razão da falta de espaço para respirar dentro do buraco.
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Veja abaixo a cronologia da investigação e os últimos eventos antes da morte – descobertos até o momento:
- 30 de maio – Desaparecimento de Adalberto
12h30: chegou sozinho ao evento no autódromo
19h48: mandou a última mensagem para a esposa, Fernanda
20h30: última movimentação financeira dele, no valor de R$ 34, sugerindo a possível compra de bebidas no festival.
21h12: Esposa respondeu à mensagem, mas ele não recebeu
- 3 de junho – Corpo de Adalberto foi encontrado em um buraco de três metros de profundidade e resgatado pela polícia;
- 4 e 5 de junho – Encontraram duas calças e um par de botas em lixeiras perto do autódromo. A família não confirmou serem do empresário;
- 7 de junho – Polícia Civil encontrou marcas de sangue no carro dele (a polícia solicitou um exame de confronto genético para confirmar se o sangue é do empresário);
- 9 de junho – Três organizadores do evento de motos conversaram com a polícia sobre o evento;
- 10 de junho – Cinco seguranças que trabalham no local foram depor. A polícia mapeou o possível trajeto feito por Adalberto;
- próximos dias – Está previsto também um novo depoimento de Rafael, o amigo de Adalberto que esteve com ele no dia de sua morte.
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Quem era o empresário?
Nas redes sociais, Adalberto se apresentava como empreendedor e tricampeão paulista de kart. Colegas de pista lamentaram a morte.
“Hoje o kartismo perdeu mais do que um piloto… Perdemos um irmão, um amigo verdadeiro, um cara sensacional que sempre carregava um sorriso no rosto e espalhava alegria por onde passava”, escreveu o piloto Paul Robison.
“O kart está de luto, e nós também. Não tenho palavras para descrever essa dor, mas tenho certeza de que o céu hoje ganhou um campeão”, acrescentou.
A vítima também era optometrista, profissional que realiza a avaliação primária da saúde da visão e pode prescrever óculos e lentes de contato, por exemplo. Ele administrava uma rede de óticas na Grande São Paulo.
Sua mulher, que compartilhava viagens de moto que o casal realizava em diferentes destinos do continente, manifestou seu pesar em uma postagem numa rede social. “Recebi a pior notícia da minha vida. Não sei como viverei sem você. Te amo, te amo, te amo”, escreveu Fernanda.
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