O STF está a um voto de formar maioria para condenar a deputada bolsonarista por perseguição armadas em São Paulo
O ministro do do Supremo Tribunal Federal Kassio Nunes Marques pediu vista e interrompeu, nesta segunda-feira 24, o julgamento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) no caso da perseguição armada em São Paulo.
O processo está em análise no plenário virtual do STF. Após a suspensão do julgamento, o ministro Cristiano Zanin decidiu antecipar seu voto e se manifestou a favor da condenação, levando a contagem a 5 a 0 pela condenação.
O STF está, portanto, a um voto de formar maioria para condenar a deputada. O relator do processo é o ministro Gilmar Mendes.
O pedido de vista desta segunda interrompe a tramitação e concede mais prazo para que o tema seja avaliado. Conforme o regimento da Corte, Kassio Nunes Marques precisa devolver o caso em até 90 dias corridos.
Após a devolução, caberá ao presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, definir a data para retomar o julgamento. Caso Nunes Marques não cumpra o prazo regimental, o STF pode, por ordem do presidente, dar continuidade ao processo.
Relembre o caso
Carla Zambelli está sob julgamento no STF por perseguição armada em São Paulo. O episódio ocorreu na véspera do segundo turno de 2022, quando ela sacou uma arma e perseguiu um opositor pelas ruas de um bairro nobre da capital paulista. Na ocasião, ela também teria forçado que o homem permanecesse em um bar sob a mira do revólver.

Zambelli alegou ter agido em legítima defesa e perseguido o homem após ouvir tiros. Ela sustenta que ele estaria armado.
Para o relator do caso, porém, a versão da deputada não se sustentou após investigações. Ele considerou a parlamentar culpada por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. A pena para os crimes, somadas, são de 5 anos e 3 meses de prisão. Zambelli também deve perder o mandato, conforme o voto do ministro.
Gilmar foi seguido, até aqui, por Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Cristiano Zanin.
Seja o primeiro a comentar