Governo cria sala de situação para acompanhar incêndios na Amazônia e no Pantanal

Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, durante coletiva. — Foto: Guilherme Mazui/g1

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o objetivo é monitorar os dois biomas. No Pantanal, as queimadas dispararam mais de 1000% nos primeiros seis meses de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado.

O governo federal criou nesta sexta-feira (14) uma sala de situação para acompanhar os incêndios e a seca nas regiões da Amazônia e do Pantanal.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, o objetivo é monitorar os dois biomas.

“Essa sala de situação não tratar apenas da questão dos incêndios, mas também da seca. Portanto, é uma sala de situação com certeza prolongada”, pontuou Marina.

“Estamos agindo dentro de um cronograma para que tenhamos uma ação preventiva por entendermos que o custo de prevenir é sempre menor do que aquele de remediar. É uma dinâmica complexa, ninguém tem o controle dos vetores. No caso do Pantanal, temos uma combinação de incêndios provocados pelo homem e incêndios naturais, que dificultam muito a ação porque temos áreas de difícil acesso”, acrescentou.

No Pantanal, os incêndios dispararam mais de 1000% nos primeiros seis meses de 2024, comparado ao mesmo período do ano passado, e a bacia do rio Paraguai teve seca recorde, atingindo mais de 2 metros abaixo da média.

Marina fez o anúncio após reunião de ministros com o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que está no exercício da Presidência em razão da viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Europa.

A ministra informou que a sala de situação será coordenada pela Casa Civil e com atuação dos ministérios do Meio Ambiente, Integração, Defesa e Justiça. Ao todo, 19 ministérios atuarão nas ações contra desmatamento, incêndios e seca.

A ministra informou que na tarde de segunda-feira (17) os coordenadores da sala de situação terão reunião no Palácio do Planalto para tratar de simplificação de contratações de brigadistas e equipamentos, além da possibilidade de recursos extraordinário para enfrentar a crise, que tende a se acentuar no segundo semestre.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou que a situação no Pantanal é inédita porque os focos de incêndios foram registrados mais cedo do que em anos anteriores.

“A gente nunca teve fogo no primeiro semestre no Pantanal. No primeiro semestre do ano, o Pantanal sempre esteve embaixo d’água. Pela primeira vez a gente está com Pantanal completamente seco no primeiro semestre”, disse.

Segundo Agostinho, o Ibama contratou mais de 2 mil brigadistas que atuarão com foco no Pantanal e na Amazônia. Ele declarou que, no momento, o custeio das ações é feito com recursos do Orçamento.

“Neste primeiro momento é recurso orçamentário, ainda está dentro do orçamento, mas o governo tem toda preocupação porque essa crise pode aumentar”, disse.

O ministro da Integração, Waldez Góes, alertou que a situação na Amazônia também pode ficar crítica, por isso a necessidade de planejar ações com a sala de situação. As primeiras ações foram adotadas a partir de outubro de 2023.

Marina afirmou que, se for necessário, a sala discutirá ações para outras regiões que vieram a sofrer com estiagem, a exemplo do Nordeste e do Sul.

“A gente começa o ano enfrentando as cheias [no Rio Grande do Sul] e a segunda parte do ano já é enfrentando as secas e as queimadas. Isso é resultado do grave problema da mudança do clima que já está nos afetando de forma severa e preocupando”, afirmou a ministra.


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