Mães são atendidas nos corredores em meio à superlotação de maternidade do HU em Campo Grande

Hospital Universitário da capital enviou ofício ao Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) e à secretaria municipal de Saúde (Sesau) pedindo para que novos pacientes não sejam encaminhadas ao setor da instituição.

A maternidade do Hospital Universitário (HU) de Campo Grande enfrenta superlotação em todos os tipos de leitos. Mães são atendidas nos corredores da instituição em leitos improvisados. Vídeos de pacientes mostram a real situação do local.

De um total de 40 vagas disponíveis na Maternidade e na Sala de Pré-parto, o local possui 42 mães em atendimento nesta terça-feira (9). Veja abaixo a descrição de pacientes e as capacidades, de acordo com o HU:

• 5 recém-nascidos internados, sendo 3 necessitando de cuidados intensivos (UTIN) e 2 necessitando de cuidados intermediários (UCIN);
• 18 pacientes em pré-parto, sendo 8 pacientes em leitos extras;
• 36 pacientes em enfermaria da Maternidade (alojamento conjunto, tratamento clínico e cirúrgico, obstétrico e ginecológico), sendo 6 pacientes em leitos extras.

No comunicado, o HU informou ter enviado ofício à Central de Regulação, à Sesau e ao Ministério Público solicitando que novas pacientes não sejam encaminhadas ao hospital pelo prazo de 24 horas. O documento tinha como objetivo normalizar a situação na instituição.

O questionamento da Sesau sobre o ofício e sobre quais medidas serão tomadas para equalizar a questão das vagas. Porém, até a última atualização desta reportagem, a pasta não havia respondido.

“A situação de superlotação na Maternidade tem sido comunicada à Central de Regulação diariamente, desde a última quinta-feira (04/04), no entanto, novas pacientes continuam sendo encaminhadas pela Regulação como Vaga Zero”, completa a nota enviada pelo HU.

Conforme, a administração da Maternidade Cândido Mariano se colocou à disposição do HU para receber as pacientes que estão alocadas vagas excedentes no hospital. A comunicação foi feita via Rede Cegonha, grupo que visa o atendimento contínuo às ações de atenção à saúde materna. Entretanto, o HU não respondeu ao comunicado, segundo apurado.