
Operação cumpriu mandados na casa do deputado Neno Razuk (PL-MS) e prendeu assessores diretos do político. Grupo criminoso é investigado em meio a disputa pelo monopólio do jogo do bicho na capital.
A segurança pública e esquemas criminosos, em Campo Grande, voltam ao centro das investigações do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco). Operação deflagrada, nesta terça-feira (5), apura o envolvimento de policiais como “seguranças particulares” de chefes de organizações criminosas ligadas ao jogo do bicho.
Batizada de “Succesione”, a operação mira um grupo criminoso que tenta reassumir o controle dos jogos de azar em Campo Grande. A atuação do jogo do bicho foi enfraquecida na capital após a “Operação Omertà”, que prendeu chefes da milícia ligada à contravenção.
Nesta terça, mais de 10 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão foram cumpridos. Uma das casas que recebeu a visita dos agentes do Gaeco foi a do deputado estadual Neno Razuk (PL-MS). Em entrevista, o parlamentar negou envolvimento com o esquema criminoso.

Em nota, o Gaeco esclareceu o cerne principal da operação, que revelou “a atuação de uma organização criminosa responsável por diversos roubos praticados mediante o emprego de arma de fogo e em concurso de agentes, em plena luz do dia e na presença de outras pessoas, em Campo Grande/MS, no contexto de disputa pelo monopólio do jogo do bicho local”.
Ainda conforme o órgão de investigação do Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS), esta nova organização criminosa “tem grave penetração nos órgãos de segurança pública e conta com policiais para o desempenho das atividades”.
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