Cantor que tinha dívida com chefe de milícia tenta recuperar parte de prêmio penhorado pela Justiça

De acordo com a defesa do cantor, a dívida inicial era com Jamil Name Filho e valor do juros de mora foi calculado incorretamente.

Defesa de Thiago Servo entrou com recurso para que o cantor consiga reaver parte do dinheiro que foi penhorado pela Justiça de Mato Grosso do Sul, após ele ganhar R$ 1 milhão no reality show “A Grande Conquista”, da TV Record. Desde o dia 26 de julho, todo o valor está sob posse do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), no entanto, recurso ressalta que o valor da dívida é de cerca de R$ 700 mil.

  • Na decisão, assinada pelo juiz David de Oliveira Gomes Filho, da 2ª Vara de Execução de Título Extrajudicial, Embargos e Demais Incidentes da Comarca de Campo Grandea dívida do cantor em valores atualizados seria de R$ 1.361.495,06.

Entretanto, no documento enviado ao TJMS, o advogado Diego Dias Barbosa Gamon alegou que o cálculo dos juros de mora desde o vencimento do título de crédito estão incorretos.

Os juros de mora, também chamados de moratórios, é uma penalidade aplicada pelo atraso na quitação de uma dívida. Ou seja, a taxa é uma espécie de compensação pelo tempo que o devedor não pagou a conta, sendo que a tarifa incide sobre o valor em aberto.

Desta forma, Diego aponta que o valor que deveria ser penhorado é de R$ 708.905, não o valor total que Thiago ganhou no reality, de R$ 1 milhão. O representante de Thiago afirmou ainda que o cliente está desempregado e que o bloqueio do prêmio inteiro é inviável.

O pedido para penhora dos bens foi feito por João Alex Monteiro Catan, que alega ser dono de uma nota promissória assinada por Thiago Servo, mas que nunca foi paga. A defesa do cantor, no entanto, contestou e disse que a dívida havia sido com com Jamil Name Filho.

Thiago Servo ganhou reality recentemente.  — Foto: Redes sociais/Reprodução
Thiago Servo ganhou reality recentemente. — Foto: Redes sociais/Reprodução

No dia 7 de agosto, quando Thiago esteve em Campo Grande, ele registrou um boletim de ocorrência por falsidade ideológica no Departamento de Pronto Atendimento (Depac) do Centro. No documento, afirma que preencheu uma nota promissória no valor de R$ 300 mil para Jamil Name, em outubro de 2014, com vencimento em novembro de 2014. Também ressalta que tem como provar que Jamil deveria ter rasgado a nota um ano depois.

A reportagem entrou em contato com a defesa de João Alex Monteiro Catan, mas não obteve retorno até a publicação.

Entenda

O g1 teve acesso ao processo em que consta que a dívida do Thiago Servo dizia respeito ao pagamento de uma nota promissória em branco, segundo a defesa do cantor. O advogado Diego Dias comentou que a dívida era com Jamil Name Filho, conhecido como Jamilzinho, preso como chefe de milícia ligada ao jogo do bicho em Mato Grosso do Sul e pela execução de um estudante de 20 anos em Campo Grande.

Conforme a decisão do juiz, Servo emitiu uma nota promissória a Jamil Name Filho no valor de R$ 150 mil como entrada para compra de um carro de luxo e uma aeronave. Entretanto, Servo alega ter saído da dupla que tinha com a cantora Thaeme em 2013 e perdido renda, o que o levou a devolver os bens ao chefe da milícia.

Thiago, então, “teria devolvido os bens e combinado com o credor [Jamil Name Filho] que o dinheiro da entrada ficaria pelo tempo de uso e que a nota promissória seria rasgada”, comenta a decisão do juiz. Porém, a nota foi executada.

Na Justiça, o pedido para penhora dos bens é feito por João Alex Monteiro Catan, que alega ser dono da promissória e lesado pela dívida do cantor Thiago Servo. A defesa do cantor contesta e diz que a dívida, na realidade, é com Jamil Name Filho.

À Justiça, a defesa de Thiago Servo disse que não reconhece como a nota promissória foi parar nas mãos de João Alex Monteiro Catan, que é quem assina o título. O cantor não nega a dívida.

Após a decisão, o juiz oficiou para que a TV Record deposite o prêmio do cantor Thiago Servo em conta do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS) como parte do crédito executado como penhora.

Para os advogados de João Alex Monteiro Catan, a versão do cantor é uma estratégia de defesa e que a dívida sempre existiu.

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