Preso na Bélgica por tráfico internacional de drogas, ‘Pablo Escobar do BRASIL’ volta a receber aposentadoria; valor é de quase R$ 90 mil

Em 2022, a Justiça de Mato Grosso do Sul deu o direito ao ‘Major Carvalho’ a possibilidade de receber R$ 1,3 milhão em aposentadoria. Porém, o judiciário paranaense decretou sequestro do montante milionário. De acordo com a Ageprev-MS, o traficante tem os direitos de receber pela aposentadoria da PMMS.

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A Agência de Previdência de Mato Grosso do Sul (Ageprev-MS) voltou a pagar a aposentadoria do ex-major da Polícia Militar e traficante internacional de drogas, Sérgio Roberto de Carvalho. Conforme dados do portal da transparência do governo estadual, o aposentado, que está preso na Bélgica, já recebeu R$ 89.983,79 dos cofres públicos desde março deste ano.

Sérgio Roberto de Carvalho, o traficante conhecido como “Pablo Escobar brasileiro”, é apontado pela Interpol como o líder de uma grande organização de tráfico de cocaína para a Europa.

De acordo com as informações apuradas, o ex-major tem rendimentos de aposentadoria R$ 13.503,78. Entretanto, o valor chega a quase R$ 90 mil, já que o traficante, conseguiu R$ 49.299,59 retroativos.

  • Março: R$ 26.912,11;
  • Abril: R$ 11.088,35;
  • Maio: R$ 26.912,11;
  • Junho: R$ 31.723,17.

A Ageprev-MS suspendeu o pagamento de aposentadoria ao ex-major em fevereiro de 2021. A procuradoria da Ageprev ainda solicitou uma prova de vida ao ex-militar para a retomada do pagamento, já que o traficante forjou a própria morte.

Sérgio Roberto de Carvalho foi detido na Hungria em junho de 2022. Em junho deste ano foi extraditado para Bélgica, de onde conseguiu enviar à Ageprev-MS o documento para que o pagamento da aposentadoria voltasse a ser feito.

Segundo a própria Agência, o traficante enviou da Bélgica uma certidão de permanência carcerária, que foi suficiente para o retorno do pagamento da aposentadoria. Para a Ageprev-MS, o documento demostrou que o criminoso estava vivo.

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A pagamento da aposentadoria, que mencionou que o ex-major conseguiu comprovar que estava vivo e por ser um ex-funcionário público, tem direito de receber a aposentadoria. O portal também procurou a Procuradoria Geral do Estado (PGE-MS), que não respondeu até a última atualização deste conteúdo.

Briga por R$ 1,3 milhão em aposentadoria

A Justiça de Mato Grosso do Sul concedeu a Sérgio Roberto de Carvalho, mais conhecido como major Carvalho ou “Pablo Escobar brasileiro”, o direito de receber R$ 1,3 milhão em aposentadoria. Porém, a Justiça do Paraná decretou o sequestro do montante.

A decisão para o pagamento da previdência foi tomada pelo juiz Marcelo Andrade Campos Silva, da 4ª Vara da Justiça de Campo Grande, em 29 de novembro deste ano. Entretanto, a pedido do Ministério Público Federal no Paraná, a Justiça decretou o sequestro do montante milionário, visto a atuação criminosa do ex-major no estado.

Além de reter o dinheiro, a Justiça do Paraná oficializou a 4ª Vara da Fazenda Pública de Campo Grande para que o pagamento, em precatórios, não seja feito ao traficante.

Em 2015, o ex-major da Polícia Militar entrou com processo contra a Agência de Previdência Social de Mato Grosso do Sul alegando que não recebeu aposentadoria entre os anos de 2011 e 2015. O pagamento não foi feito, já que o traficante não compareceu em uma prova de vida, momento em que havia forjado óbito para fugir das acusações de tráfico internacional de drogas.

Aposentadoria indefinida

O dinheiro em aposentadoria que o major Carvalho pode receber é relacionado ao tempo que ficou afastado da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul. Em 1997, Carvalho foi transferido para a reserva remunerada da corporação.

Já em 1998, o traficante foi condenado a mais de 15 anos de prisão pelo tráfico de 230 quilos de cocaína. O ex-PM sofreu um processo para a perda do posto e da patente e, em junho de 2010, teve a aposentadoria suspensa.

Em outubro de 2016, porém, o desembargador Claudionor Miguel Duarte mandou a Agência de Previdência do Mato Grosso do Sul voltar a pagar a aposentadoria ao ex-major, sob pena de crime de desobediência. A alegação é de que a condenação do ex-PM veio depois de ele ter sido transferido para a reserva remunerada, ficando alguns anos afastado e sem receber pela aposentadoria.

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