A motorista contou o que a barra da calça prendeu no pedal do acelerador. Depois do acidente os dois acabaram conversando por vídeo chamada e, agora, são amigos.

“Dei duas rodopiadas e me ‘esborrachei’ no chão”, assim começa o vídeo de Gustavo Canto Cruz, que viralizou nas redes sociais nesse fim de semana e já tem mais de 2 milhões de visualizações. O jovem foi atropelado, por volta das 7h30, na entrada do estacionamento de uma universidade em Campo Grande, no último dia 24 de abril, e publicou a cena no último sábado (20).

No vídeo, é possível ver que o estudante de medicina veterinária vai atravessar a entrada que dá acesso à Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), pelo lado de dentro, quando um carro minicooper acelera, atravessando a cancela, e acertando Gustavo.

Apesar do impacto e de girar no ar, como relata no vídeo publicado neste domingo (21), Gustavo garante que não passou de um susto e que os ferimentos foram mínimos.

“Foi coisa mínima, dei uma ‘raladinha’ no joelho, não chegou a ficar aquele ralado feio, e uma ‘raladinha’ no pulso. Fora isso fiquei de boa, saí andando, não tive problema nenhum, só queria o meu café”, afirmou.

A acadêmica de publicidade e propaganda, Vitória Hadassa, de 18 anos, era quem dirigia o veículo naquela manhã, que ficou marcada na memória. Hoje, a campo-grandense fala da situação com leveza, mas no momento ficou nervosa e deu até “teto preto”.

Em nota, a UCDB disse que só tomou conhecimento dos fatos extraoficialmente, mas que identificou os envolvidos por meio das coordenações dos cursos, que não relataram necessidade de acompanhamento. “O estacionamento, que é terceirizado, não informou a Universidade sobre o ocorrido”, completou.
Após o atropelamento, Vitória perguntou se Gustavo queria ir ao hospital, sugestão que foi recusada pelo jovem, que tinha uma prova para fazer e estava mais preocupado em perder a aula.

“Eu desliguei o carro aí que eu levantei e ele até me zoou, ‘moça, o freio é do outro lado’, sabe. Aí eu falei, quer que te leve em algum lugar, pelo amor de Deus, quer entrar aqui eu te levo no médico. Mas ele disse que não, que tava tudo bem e que ia para a aula. Ele tinha prova, descobri depois”, revelou a motorista.

Das coincidências da vida, ou da ideia de que Campo Grande é um “ovo”, Hadassa acabou descobrindo que o jovem é namorado da melhor amiga de uma amiga, relação que fez os dois conversarem por vídeo chamada, depois do acidente, e rirem da situação e repercussão da história.

“Aí ontem, que ele postou o tiktok, a gente se ligou por vídeo e muito tranquilo, rindo da situação mesmo, sabe. Eu to levando ‘hate’ pesadíssimo no meu Instagram, mas foi bem de boa com o Gustavo e essa era a minha maior preocupação, né. A gente virou amigos, posso dizer”

As marcas do acidente também ficaram no carro, que teve a antena quebrada e teto arranhado. “Mas só poliu e arrumou ali a antena, ficou tudo certo”, disse.

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