Chuvas dificultam combate à ferrugem asiática em MS

Além de comprometer a colheita da soja e atrasar o plantio do milho safrinha, o excesso de chuva no campo impede o combate à ferrugem asiática e interfere na qualidade dos grãos

As chuvas intensas que ocorrem em Mato Grosso do Sul nos últimos dias têm sido motivo de preocupação para os produtores rurais. Isto porque o excesso de umidade no campo compromete a colheita da soja, atrasa o plantio do milho safrinha e ainda impede o combate à ferrugem asiática. Até o momento, 60 casos foram registrados em lavouras do Estado.

Em entrevista à TV Morena, nesta quarta-feira (1º), o presidente da Aprosoja MS (Associação dos produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul), André Dobashi, comentou sobre os desafios que os produtores estão enfrentando.

Segundo ele, a colheita da soja tem sido realizada de maneira tensa. “ Nós estamos quase 10% atrasados em relação à safra passada. Isso é uma marcha muito preocupante já que o produtor não conseguiu tirar mais do que 20% das lavouras de soja do campo, achatando bastante a semeadura da 2ª safra de milho”.

Outra questão citada por Dobashi são as doenças na lavoura. “A ferrugem da soja já passa de 60 casos em Mato Grosso do Sul e está se alastrando com bastante velocidade. O produtor está preocupado porque ele não está conseguindo fazer os protocolos de fungicida em função do excesso de chuva”, completou.

A qualidade dos grãos

Os produtores rurais também estão preocupados com os grãos que, segundo ele, estão perdendo um pouco de qualidade. “São pontos isolados. Não dá para falar que é generalizado, mas uma coisa que está bem generalizada é a alta umidade no grão. Isso faz com que o produtor tenha um custo extra de beneficiamento, armazenamento”.Isto quer dizer que a produtividade líquida do produtor terá uma diminuição.

Dobashi presidente aprosoja
André Dobashi, presidente da Aprosoja MS (Foto: Reprodução/TV Morena)

Mais uma preocupação

Dobashi comentou ainda que outro motivo de apreensão é a semeadura do milho safrinha. “A gente tem várias regiões do Mato Grosso do Sul que não tem nem 15% da sua semeadura realizada. Ele (produtor) ainda precisa terminar a soja para fazer algum manejo de fertilizante, de inseticida e herbicida para depois semear o milho. Isso é uma operação que vai entrando no mês de março e deixando o produtor cada dia mais preocupado”, finalizou.

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