Mãe assistia filha ser estuprada pelo padrasto que obrigou menina a tomar pílula do dia seguinte após abusos, diz polícia

Durante o depoimento especial na Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a vítima relatou que foi abusada por seis meses. Os dois envolvidos confessaram o crime e foram presos. Além de assistir, a mãe da vítima confessou participar dos abusos.

A adolescente, de 13 anos, que pediu socorro à Polícia Militar por estar sendo abusada sexualmente pelo padrasto, no bairro Nova Lima, em Campo Grande capital de Mato Grosso do Sul, contou durante depoimento especial à polícia que a própria mãe, de 37 anos, sabia do crime e chegou a participar e assistir os abusos. Os envolvidos confessaram os estupros e foram presos.

De acordo com a delegada Anne Karine, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), a vítima foi encaminhada primeiramente para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) e, durante o depoimento especial, a menina contou que a mãe é casada com o suspeito há 3 anos e os abusos começaram a seis meses atrás.

Ainda conforme a delegada, a menina era obrigada a tomar pílula do dia seguinte depois dos abusos. A adolescente disse também que quando se recusava a estar com o padrasto, o mesmo tomava o celular como “ato de punição”.

O crime foi denunciado na sexta-feira (4), quando, por volta das 21h30, a vítima pediu socorro para a Polícia Militar. Após a denúncia, o Conselho Tutelar foi acionado.

Confissão

A vítima foi escutada pela polícia na segunda-feira (7) e, no depoimento, contou que os abusos aconteciam na frente da mãe, com o consentimento dela. Ao ser questionada, a mãe confessou que não fazia nada porque o companheiro era violento e a ameaçava de morte.

Ainda durante o depoimento, a menina chegou a dizer que algumas vezes o padrasto, de 45 anos, chegou a manter relação com ela e a mãe ao mesmo tempo. O homem foi preso e confessou o crime à polícia. Segundo a delegada, ele afirmou que “ensinava a menina como iniciar a vida sexual dela”.

Os suspeitos passaram por audiência de custódia nessa terça-feira (8) e tiveram a prisão preventiva decretada. A mãe da menina foi transferida para o presídio feminino de São Gabriel do Oeste, a 137 km da capital e a guarda da menina foi dada provisoriamente a uma tia.