Os números estão no Anuário Multi Cidades Finanças dos Municípios do Brasil, da Frente Nacional de Prefeitos (FNP)
Na região Centro-Oeste, as capitais Goiânia (GO), Campo Grande (MS) e Cuiabá (MT) são as campeãs de despesas com educação na região em 2021. A divulgação do ranking foi feita nesta terça-feira (25) por meio da publicação do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, lançado recentemente pela Frente Nacional de Prefeitos (FNP).
Goiânia (GO) foi o município que mais investiu em educação com um montante despendido, em 2021, de R$ 1,19 bilhão. Na segunda posição vem Campo Grande (MS), com uma despesa de aR$ 1,11 bilhão, seguido por Cuiabá (MT) com R$ 443,7 milhões.
Gastos com educação voltam a crescer
Na sequência, completando o Top 10 da região Centro-Oeste, aparecem os municípios de Aparecida de Goiânia (GO), com investimento de R$ 366,6 milhões; Rio Verde (GO), com R$ 360,5 milhões; Anápolis (GO), com R$ 281,4 milhões; Dourados (MS), com R$ 251,3 milhões; Rondonópolis (MT), com R$ 242 milhões; Várzea Grande (MT), com R$ 184,9 milhões; e Sinop (MT), com R$ 174,8 milhões.
Relatório aponta que no Brasil as despesas com educação bateram recorde
Após o ano de 2020, marcado pela retração ocasionada pela interrupção das aulas presenciais, as despesas com educação os municípios do Brasil registraram alta real de 9,8% em 2021, já considerando o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Os gastos totalizaram R$ 205,1 bilhões, o maior registro da série histórica desde 2002.
Tânia Villela, economista e editora do anuário Multi Cidades – Finanças dos Municípios do Brasil, reforça que, além da retomada das atividades escolares, outro fator que contribuiu para a alta dos gastos em 2021 foi a Lei Federal 14.113/2020, que regulamentou a operacionalização do novo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
“Além de ampliar as fontes de recursos para a educação, o novo Fundeb aumentou o percentual mínimo de recursos que deveriam ser aplicados em despesas com remuneração dos profissionais da educação de 60% para 70%, expandindo o gasto de pessoal na área”, detalhou Tânia.
O levantamento detalha, ainda, o gasto por aluno, que teve incremento de 8,9% no conjunto de municípios avaliados – passando de R$ 8.157 em 2020 para R$ 8.886 em 2021.
Vale ressaltar que a rede municipal de ensino teve aumento de 1% no número de alunos matriculados em 2021, quando comparado a 2020 – um ano marcado pela pandemia da Covid-19 e que acaba por não ser considerado um parâmetro ideal de medição devido às quedas drásticas nos gastos em função do direcionamento dos recursos públicos para a saúde pública.
Informação: Correio do Estado
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