“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’”
No artigo ““Onde está a verdade? O mito da caverna e o ‘mito’ da caserna”, o ensaísta e economista Albertino Ribeiro faz duras críticas ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Ele cobra que o chefe do Executivo cumpra as promessas de campanha, como reduzir e não aumentar os gastos do cartão corporativo da Presidência da República.
“Aquele que se diz um homem honesto e democrata, antes da eleição criticou o uso sigiloso dos cartões corporativos. Eu achei corretíssimo. Disse que, quando fosse eleito, acabaria com a farra, principalmente com o sigilo dos gastos no cartão corporativo”, relembrou.
“Muito pelo contrário, o amigo do pai da mentira – pecado que hoje é conhecido pelo eufemismo de Fake News – gastou em três anos de mandato, R$29 milhões, mais do que os dois últimos presidentes, Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB)”, destacou. O valor é suficiente para comprar 446 carros populares ou 96.667 cestas básicas.
“‘Isso é Mentira’? Quer conhecer a verdade? Entre no site do Governo federal e dê uma olhadinha”, aconselha Ribeiro, aos seguidores do presidente que bombardeiam os críticos do “mito”.
Confira o artigo na íntegra:
“Onde está a verdade? O mito da caverna e o ‘mito’ da caserna
Albertino Ribeiro
Um dia após a visita de Jair Bolsonaro (PL) à Rússia, uma notícia falsa se espalhou rapidamente pelas redes sociais; eu mesmo recebi no Whatsapp um texto afirmando que o presidente tinha evitado a invasão da Ucrânia, pois o comandante russo, ex-agente da KGB, teria sido tocado em seu coração, pelas palavras de sabedoria do capitão.
É incrível como os apoiadores radicais do ‘capitão caverna’, agem como se vivessem em um mundo paralelo e acreditam que o seu eleito é um enviado de Deus para o Brasil. Existem alguns, por exemplo, que até acreditam que o ‘camarada’ é honesto. Isso mesmo! Não é estranho?
Aquele que se diz um homem honesto e democrata, antes da eleição criticou o uso sigiloso dos cartões corporativos. Eu achei corretíssimo. Disse que, quando fosse eleito, acabaria com a farra, principalmente com o sigilo dos gastos no cartão corporativo. ‘Vamos dar um jeito nisso daí, tá ok?!’ Então eu pergunto: ‘Jacaré viu? Nem eu!’ (fragmentos do livro Macunaíma, de Mário de Andrade).
Muito pelo contrário, o amigo do pai da mentira – pecado que hoje é conhecido pelo eufemismo de Fake News – gastou em três anos de mandato, R$29 milhões, mais do que os dois últimos presidentes, Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB) – quantia que poderia comprar 446 carros populares ou 96.667 cestas básicas.
Já estamos em 2022, último ano do mandato, mas até agora o admirador de ditadores (Pinochet é o preferido dele), além de não cumprir a promessa de publicizar os gastos, desobedece decisão do STF que trata do mesmo assunto. ‘Isso é Mentira’? Quer conhecer a verdade? Entre no site do Governo federal e dê uma olhadinha.
Se esses eleitores enganados e hipnotizados aceitassem o meu conselho, diria: Acordem, radicais chauvinistas! Tomem de volta as rédeas de seus cérebros; parem de passar a impressão de que comem capim! “Ah! Mas é pra combinar com a roupa amarela’! É possível…
Já está ficando patético, porque – mesmo depois de tantas evidências – não é possível continuar dentro de uma caverna, acreditando que as sombras distorcidas e projetadas na parede, pelo chefe do executivo brasileiro, sejam verdades absolutas.
“Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará’”

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