Acusada de enterrar filha de 10 anos viva vai a júri popular

Gabrielly Magalhães foi morta após relatar abusos sexuais praticados pelo padrasto

Acusada de estrangular e enterrar a filha viva de 10 anos de idade, Emileide Magalhães, será levada ao júri popular na manhã de quarta-feira, 12 de Janeiro, no Fórum de Três Lagoas (MS).

O crime ocorreu em Março de 2020 e, desde então, Emileide está presa. A pequena, Gabrielly Magalhães foi morta após relatar abusos sexuais praticados pelo padrasto de 47 anos.

Além dela, o filho de 13 anos de Emileide, sob ameaças da mãe, o irmão da vítima também teria participado da morte de Gabriely Magalhães. O adolescente chegou a ser internado na Unidade Educacional de Internação (Unei) mas foi liberado dias depois e está sob tutela de um parente.

Após a morta da criança, o padrasto também foi preso por estupro e segue na Penitenciária de Bataguassu (MS), aguardando julgamento.

Emileide Magalhães será levada ao júri popular amanhã
(Foto: Divulgação)

Relembre o crime – Na data do crime, a acusada procurou a Delegacia de Polícia Civil para registrar um Boletim de Ocorrência alegando o desaparecimento de Gabrielly. Mas, na mesma noite, a acusada entrou em contato com a Polícia Militar através do telefone 190 para confessar que havia matado a própria filha e informar que queria se entregar.

Com indicação da mãe, o corpo de Gabrielly foi localizado enterrado de cabeça para baixo, próximo do lixão da cidade. Ela afirmou ter agido sozinha. Mas, posteriormente, foi descoberto que a mulher teve ajuda do filho de 13 anos. Interrogado, o adolescente deu todos os detalhes do crime brutal e disse que foi obrigado pela mãe a participar.

Conforme o adolescente, a mãe derrubou a filha no chão e passou a enforcá-la com fio elétrico. A menina pedia socorro e implorava pela vida. Em seguida, a vítima foi enterrada em um buraco de cabeça para baixo e com os pés para fora. Ela ainda estava viva e se debatia.

Há relatos de que após sepultar a menina, a mulher foi tomar cerveja e voltou ao local do crime duas vezes para se certificar de que a garota estava morta.

O exame necroscópico apontou que a vítima apresentava várias lesões pelo corpo, indicando possível ocorrência de tortura. A causa da morte foi asfixia mecânica por compressão do tórax, compatível com o relato do adolescente.

Uma testemunha relatou à Polícia Civil que Gabrielly havia dito no final de 2019 que teria sido abusada sexualmente pelo padrasto. Ainda segundo a testemunha, a garota mencionou que não poderia revelar o fato aos professores ou à polícia por que tinha medo de represálias da mãe.

O caso teve repercussão Nacional devido aos requintes de crueldade e frieza da mulher para cometer o crime. O Júri de Emileide pode ser acompanhado através do link: https://www.youtube.com/channel/UCMYQfUZIoZkzsVkIPa1DdGw/videos.

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