Duas semanas após naufrágio, barco segue sem previsão de ser retirado do rio Paraguai

Falta de equipamentos adequados e de empresas especializadas atrasam serviço

Duas semanas depois de afundar no rio Paraguai, em Corumbá, a 413 km de Campo Grande, provocando a morte de sete pessoas, o barco de pesca ‘Carcará’ segue sem previsão de ser retirado do local do acidente. Conforme um dos donos da embarcação, a demora ainda ter a ver com a falta de empresas especializadas, na região, e de equipamentos adequados para o serviço.

Barco-hotel Carcará que naufragou no Pantanal de MS durante vendaval — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

Barco-hotel Carcará que naufragou no Pantanal de MS durante vendaval — Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação

“Estamos na luta ainda, mas continua complicado, porque em Corumbá não tem um guindaste grande para ir lá e já desvirar o barco”, explicou o médico Antônio Pimenta, um dos donos da embarcação.

Sinalizado para alertar quem navega na região, principalmente no período da noite, o barco, que no dia do acidente transportava 21 pessoas, deve ser desvirado e rebocado até o Porto Geral. O procedimento somente deve ser diferente caso o casco tenha sido danificado.

“Acredito que esteja tudo certo com o casco e que vamos conseguir rebocar. Até semana que vem vamos dar um jeito, mesmo que a última alternativa seja ir para lá com equipamento e desmontar o barco”, avalia Antônio.

Naufrágio

No dia do naufrágio, os turistas que passaram a semana pescando no Pantanal sul-mato-grossense, acompanhados de 9 tripulantes da embarcação, foram pegos de surpresa com mudança repentina no tempo, que provocou ventania e tempestade de poeira em diversas cidades do Estado.

Sete pessoas, sendo quatro da mesma família, não conseguiram se salvar e morreram afogadas. As vitimas foram identificada como: Thiago Souza Gomes, de 18 anos; Fernando Gomes de Oliveira, de 49 anos (pai de Thiago); Olímpio Alves de Souza, de 71 anos; Geraldo Alves de Souza, de 78 anos (irmão de Olímpio e sogro de Fernando Gomes e avô de Thiago); Fernando Rodrigues Leão, de 49 anos; Vitor Celestino Francelino, de 64 anos, comandante da embarcação; e Mauro Rodrigues Canavarro, de 49 anos, que trabalhava como auxiliar de convés.

Investigação

Ainda sem novidades, o inquérito aberto pela Marinha para apurar o acidente com o barco Carcará deve demorar pelo menos mais 75 dias para ficar pronto. O inquérito Administrativo sobre Acidentes e Fatos da Navegação (IAFN) será conduzido pela Capitania Fluvial do Pantanal (CFPN).

A Polícia Civil também investiga o ocorrido, porém, aguarda laudo que será emitido pela Marinha para dar continuidade ao inquérito.

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