MS – Agredida pelo ex-marido usuário, mulher aciona “disciplina” de facção para dar fim a abusos

Polícia Civil fez reconstituição simulada nesta quarta no local do homicídio para detalhar morte da vítima

Investigadores da 6ª Delegacia de Polícia Civil realizam na tarde desta quarta-feira (10) a reprodução simulada do assassinato de Agnaldo Rodrigues da Silva, de 36 anos, que ocorreu na madrugada de 27 de fevereiro de 2020, no Bairro São Conrado, em Campo Grande. A ex-mulher e o enteado da vítima presos temporariamente acusados do crime participaram da ação.

Após pouco mais de um ano de investigações e a prisão dos acusados de envolvimento no homicídio, a polícia apurou que mãe e filho teriam acionado o membro de uma facção criminosa para matar Agnaldo.

A vítima era casada com a mulher que conheceu quando estava internada em uma clínica de reabilitação para dependentes químicos, no interior de São Paulo. A mulher trabalhava como enfermeira do local e já possuía um filho.

Em depoimento, a mulher afirmou que vivia em um relacionamento abusivo com Agnaldo, era violentava fisicamente e sexualmente, além de sofrer ameaças de morte.

Ao se separar de Agnaldo, a acusada se mudou para uma casa no São Conrado, na Capital, onde morava com seu filho e o pai dela. Sem aceitar o fim do relacionamento, a vítima veio atrás dela e o casal passou a morar junto novamente por certo tempo, até que ele a agrediu e vendeu todos os móveis da casa para usar drogas.

Agnaldo passou a rodear a casa deles e continuou a fazer ameaças. Foi então que a mulher chamou por telefone um homem conhecido como “cruel” que seria o “disciplina” do bairro (pessoa que a mando de facção criminosa impõe as regras de convivência e tem poder de decisão sobre execuções), pedindo ajuda para conter o ex-marido.

Na noite de 26 de fevereiro, durante umas das tentativas de Agnaldo de invadir a casa, ela chamou “Cruel” que, conforme relato, acompanhado de outro homem, assassinou Agnaldo.

O corpo da vítima foi encontrado em um terreno baldio ao lado da casa da ex-mulher de Agnaldo e tinha sinais de violência e de queimaduras. Com a reconstituição do crime, a polícia vai analisar a dinâmica dos fatos, esclarecer as diferentes versões dadas por mãe e filho. Outro ponto investigado é se houve a participação de mais pessoas.

Cruel, identificado como Leonel Ricardo Gonçalves Francisco teve a prisão preventiva decretada pela justiça nesta terça-feira (9) e é considerado foragido. A mulher e o filho dela,enteado de Agnaldo, vão ser liberados e, por enquanto, devem aguardar o processo em liberdade por colaborarem com as investigações.

Para a polícia, apesar de não ter participado do assassinato, a mulher, ao invés de acionar a polícia, preferiu ligar para Cruel, sabendo que o ex-marido seria morto. Qual foi a participação dos envolvidos de maneira específica ainda está sendo investigado.

Fonte: Diário Digital

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