OMERTÁ – Delegado vai usar tornozeleira e só poderá exercer funções administrativas

Márcio Shiro Obara, preso na 3ª fase da Operação Omertà, teve liberdade concedida pela justiça. Márcio Obara já foi titular da Delegacia de Homicídios, na Capital (Arquivo/DiárioDigital)

O delegado Márcio Shiro Obara, preso no mês de junho durante a terceira fase da Operação Omertà, acusado de esconder provas na apuração do assassinato do policial militar Ilson Martins de Figueiredo, uma das vítimas da milícia armada, teve a liberdade concedida pela justiça. A decisão da 1ª Vara Criminal de Campo Grande foi deferida nesta quarta-feira (5), por volta das 17 horas.

O delegado deve pagar uma fiança equivalente a 25 salários mínimos, ou seja, R$ 26.125 mil e ainda cumprir algumas medidas cautelares, entre elas está a obrigação de comparecer à justiça periodicamente e também o uso de tornozeleira eletrônica pelo período de 180 dias.

Obara não pode se aproximar de testemunhas ligadas ao processo em que responde e está proibido de voltar as suas funções como delegado e usar armas de fogo. Por conta disso, ele pode ser designado para funções administrativas.

Márcio Shiro Obara é suspeito de apoiar uma milícia chefiada pelo empresário Jamil Name, preso na primeira fase da Omertà, em setembro do ano passado. O delegado está preso desde o dia 18 de junho ente ano, em uma cela da 3ª DP (Delegacia de Polícia) da Capital.

Denúncias – A 1ª Vara Criminal de Campo Grande aceitou em julho a denúncia do MP-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) por obstrução de Justiça, lavagem de dinheiro e corrupção ativa e passiva contra os investigados na Operação Omertá, entre eles Márcio Obara.

Conforme a denúncia, Fahd Jamil, Flávio Correia, assim como Jamil Name e Jamil Name Filho são apontados como líderes de organizações criminosas que atuavam em Ponta Porã e Campo Grande e tiveram o auxílio do delegado de polícia, para ocultar provas de execuções.

O delegado Obara é acusado de ocultar provas na apuração do assassinato do policial militar reformado Ilson Martins de Figueiredo, ocorrida em 11 de junho de 2018. Ele teria recebido R$ 100 mil da organização criminosa para não prosseguir com as investigações quando estava à frente da Delegacia de Homicídios.

Obara também virou réu por lavagem de capitais e corrupção passiva. Já Jamil Name, Jamil Name Filho, Fahd Jamil e Flávio Correia que segundo a denúncia ordenaram as execuções e cooptaram o delegado vão responder por corrupção ativa.

Credito: Diario Digital

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