Possibilidade de lei seca divide opiniões

Prefeito Marquinhos Trad estuda decretar lei seca em Campo Grande. Decreto com novas medidas vai ser publicado sexta-feira 

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) avalia implantar a lei seca aos finais de semana em Campo Grande. Nesta terça-feira (28) ele anunciou que estuda com sua equipe medidas para o próximo decreto contra a disseminação do novo coronavírus. O atual decreto vence na sexta-feira, 31 de julho, que reduz funcionamento do comércio e amplia toque de recolher.

Agora a expectativa é quanto à venda de bebidas alcoólicas. A embriaguez no trânsito é apontada como uma das maiores causas dos acidentes que estariam superlotando hospitais da cidade com pacientes vítimas de politraumatismos. A Santa Casa anunciou no início da semana estar com a capacidade esgotada.  Com isso, a oferta de leitos para pacientes com Covid-19 fica comprometida. 

“O certo é que bebida alcoólica e trânsito não dão certo”, mencionou. O prefeito usou levantamentos que apontam que 78,3% das pessoas que deram entrada nos hospitais no fim de semana passado estavam alcoolizadas. Em princípio, a proibição de vendas de bebidas alcoólicas vigoraria de sexta-feira à noite até o domingo, na tentativa de diminuir reuniões e festas regadas à bebidas e que terminam em violência e feridos.

O Diário Digital foi para as ruas ouvir o campo-grandense sobre a possibilidade de adoção da lei seca. O aposentado Antônio da Silva concorda com a medida. “Acho que a proibição de venda de bebidas alcoólicas vai inibir a aglomeração e impedir as pessoas saiam dirigindo veículos embriagadas”, opina.

O comerciante Rogério, que preferiu não divulgar o sobrenome, acredita que o decreto mão vai funcionar . “ Sou a favor da lei seca, mesmo sendo consumidor de bebida alcoólica. Mas compro a minha e tomo em casa mesmo, sozinho sem aglomeração. Falta consciência à população, estamos pagando por todos”, afirma.

Marcio Okama é dono do Bar do Zé, um dos mais tradicionais da região central de Campo Grande. O comerciante lamenta a situação e acredita que a medida não valerá de nada. “ Com o fim semana de lojas fechadas já quebrou meu estabelecimento. Chega o fim do mês e as contas não estão fechando, o comércio está morrendo aos poucos”, avalia

Ainda segundo o comerciante “ a lei seca não vai resolver, porque a maioria pode comprar bebida alcoólica  nos supermercados e consumir em casa ou até mesmo em festas clandestinas que já viraram rotina em Campo Grade”, pontua.  

Comerciantes acreditam que as pessoas vão continuar bebendo em casa ou em festa clandestina (Foto Luciano Muta)

Credito: DiarioDigital

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