CAMPO GRANDE – Centro fica vazio com mini lockdown

Decreto suspende abertura do comércio durante dois finais de semana

As ruas da área central de Campo Grande amanheceram desertas neste sábado (18). Com a suspensão da atividade neste e no próximo fim de semana imposta pelo decreto da Prefeitura, as lojas estão de portas fechadas. Ficaram autorizados a abrir apenas os estabelecimentos que são considerados de produtos e serviços essenciais.

Mas teve gente que não estava ciente do “mini lockdown” e chegou a se deslocar para o centro. Lucilene Osório Amorim, de 41 anos, não sabia do decreto. Ela foi até o centro pagar conta em uma loja e acabou surpreendida. Lucilene não concorda com a medida e acredita que fechar comércio significa levar lojas à falência e as pessoas precisam de emprego. “Com a decisão, as pessoas não irão parar de sair de casa. A circulação pode não continuar no Centro de Campo Grande, mas nos bairros nada irá mudar”, afirma.

Lucilene Osório Amorim não sabia que o comércio estaria fechado no Centro
(Foto: Marina Romualdo)

Também no centro da cidade, a reportagem do Diário Digital encontrou Jucélia Dias da Silva de 44 anos de idade. Ela sabia que o comércio estava fechado mas foi até o centro para encontrar o inquilino do seu imóvel. Ela afirmou não ser à favor do decreto. “Sou contra o fechamentos dos comércios, pois, está difícil de resolver situações séria como: água, luz e soluções bancárias via internet. Eu aluguei uma casa e, até hoje, não consigo colocar a água e energia no nome da pessoa”, lamenta.

Jucélia afirma ainda que tem dificuldade para acessar serviços remotos. “Eu não tenho curso de informática, não consigo solucionar o problema pelo o on-line. Eu posso estar nessa situação, mas, muitos cidadãos são analfabetos e não tem internet. Além disso, a prefeitura pode estar fechando os comércios, mas a população continua na rua. Ficamos em um cenário crítico”, afirma.

Jucelia Dias da Silva afirma ser contra ao novo decreto. (Foto: Marina Romualdo)

Jucelia Dias da Silva

O serviço construção civil está liberado e os canteiros de obras funcionaram normalmente. A reportagem ouviu dois profissionais que não quiserem se identificar, mas que também se posicionaram contrários à medida.

“Acredito o que tenha que ser feito, é fechar todos os lugares da cidade por 15 dias, para que quando voltar, voltasse com alguma solução para a pandemia do coronavírus. A decisão de liberar as obras foi ótima para nós que somos da construção civil e precisamos desse dinheiro para sobreviver. mas a fiscalização precisa abordar mais as pessoas que descumprem o uso das máscaras e de produtos de higiene pessoal”, ressaltou um dos trabalhadores.

O Mercadão Municipal foi autorizado a abrir as portas, mas sem o funcionamento das lanchonetes que vendem o tradicional pastel. Muitas bancas optaram por suspender o atendimento, no entanto a maioria dos donos de boxes optou pelo atendimento. A movimentação de consumidores foi mais tranquila em relação aos dias normais, mesmo assim muita gente foi às compras no Mercadão neste sábado.

Credito: Diário Digital

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