Funcionários do CEM prestaram queixa contra o deputado por abuso de autoridade
Um protesto de mães em frente ao Centro de Especialidades Médicas (CEM) de Campo Grande, acabou em discussão e acusações entre a Guarda Civil Municipal, funcionários e o deputado federal Loester Trutis (PSL). Devido a confusão, Polícia Militar foi acionada.
Após o tumulto, dois servidores denunciaram o parlamentar na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) do Centro. Já a manifestação, foi organizada por um grupo de cerca de 9 mulheres de baixa renda que são mães de crianças especiais. Elas alegam que estão há 4 meses sem receber fraldas e dieta alimentar para os filhos, conforme determinação judicial.
Segundo a Guarda, foram enviados 13 agentes para conduzir a ocorrência. No entanto, o parlamentar entrou no local apresentando sua carteira funcional de deputado federal. Com ele havia dois policiais militares a paisana que faziam a sua escolta.
Conforme o relatado pelas testemunhas, Trutis questionou o destino de verba federal para comprar esses suprimentos e o funcionário teria explicado como funcionam os recursos de cada setor.
Procurado pela reportagem, o deputado informou que as manifestantes ligaram para ele e fez a reclamação. “Uma das prerrogativas do deputado federal é fiscalizar, além de legislar. Como eu enviei verba de R$ 800 mil para também ser comprados esses insumos, eu fui até o local para verificar. Um funcionário me levou até o estoque, porém quando estava no local agentes da guarda chegaram para me tirar de lá. No entanto recusei sair e aleguei que como existe verba federal era meu direito estar no local”, afirmou.
Além disso, o parlamentar reforçou que uma medida judicial estava sendo cumpridas. “As mães ganharam na Justiça o direto de obter esse material e a alimentação adequada para seus filhos. O prefeito acabou informando a imprensa que não falta material no CEM, após essa afirmação elas foram até o local e constataram que não tinha, portanto o Executivo Municipal está descumprindo uma decisão judicial”, finalizou.
Nota da Sesau
Em relação à falta dos suprimentos, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que são mais de 200 pacientes atendidas pelo programa e que os casos em atraso são devido às questões burocráticas. A secretaria informa que está dando celeridade na aquisição desses insumos para garantir o atendimento a esses pacientes.
Conforme a assessoria da Sesau, verbas oriundas de emendas parlamentares não podem ser empregadas no pagamento de demandas judiciais.
Credito: JD1 Notícias
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