POLÍCIA – Polícias fazem operação contra grupo que estaria ligado a execuções em MS; delegado é um dos presos

Ao menos sete pessoas são alvos. Um dos imóveis em que os policiais estiveram fica em Ponta Porã.

Polícias de Mato Grosso do Sul fazem nesta quinta-feira (18) operação que teria como alvos pessoas ligadas a um grupo suspeito de execuções no estado. Esta é a terceira fase da operação Omertá.

Ao menos seis, dos sete alvos, já foram presos, entre eles um delegado de Polícia Civil e um investigador. No grupo também estaria uma sobrinha do empresário Jamil Name, na cadeia desde setembro de 2019, apontado pela polícia como chefe do grupo, e ainda um funcionário dela e outro dele.

Márcio Shiro Obara é ex-titular da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH).
Atualmente, Obara é titular da Segunda Delegacia de Polícia de Campo Grande

Entre os locais em que a ação é realizada está também uma residência de luxo em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Na entrada do imóvel, há diversos policiais armados com fuzis e viaturas.

Operações

 A primeira fase da operação Omertá foi deflagrada em setembro de 2019. A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul e o Gaeco prenderam empresários, policiais e, na época, guardas municipais, investigados por execuções no estado.

Na segunda fase, em março de 2020 o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apreendeu arma no apartamento do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e ex-deputado estadual, Jerson Domingos, em Campo Grande.

Execuções

A suspeita é que o grupo tenham executado pelo menos três pessoas na capital sul-mato-grossense, desde junho de 2018. Outras mortes também estão sendo investigadas.

A última morte atribuída ao grupo é do estudante de Direito Matheus Coutinho Xavier, de 19 anos. Ele foi atingido por tiros de fuzil no dia 9 de abril, quando manobrava o carro do pai, na frente de casa, para pegar o dele e buscar o irmão mais novo na escola.

Pouco mais de um mês depois, no dia 19 de maio de 2019, policiais do Garras e do Batalhão de Choque da Polícia Militar (BpChoque) apreenderam um arsenal com um guarda municipal em uma casa no Jardim Monte Líbano. Foram apreendidos 18 fuzis de calibre 762 e 556, espingarda de calibre 12, carabina de calibre 22, além de 33 carregadores e quase 700 munições.

Segundo as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado, esse arsenal pertencia ao grupo preso na operação Omertà.

Milícia

A chefia do grupo é atribuída pela polícia ao empresário Jamil Name, seguida do filho dele, Jamil Name Filho. Ambos e mais um policial suspeito de envolvimento na milícia estão presos desde a primeira fase da operação Omertá e estão no Presídio Federal de Mossoró.

Um suposto plano da melícia do jogo do bicho para matar um promotor de justiça e um delegado que comandaram as investigações que desarticulou o grupo em Mato Grosso do Sul foi descoberto em um pedaço de papel higiênico em uma cela do presídio onde os três estão.

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