Atacante da seleção brasileira mostra admiração por futuros companheiros do Real Madrid, mas prefere se focar na disputa da Copa América antes de pensar em novo desafio no clube espanhol
Endrick ainda levará mais de um mês e meio até se apresentar ao Real Madrid, mas bem antes de chegar ao clube espanhol ele já joga com Mbappé. Pelo menos no videogame.
Em entrevista exclusiva ao ge, o novo camisa 9 da seleção brasileira usou um termo popular na comunidade gamer para descrever o atacante francês, futuro companheiro dele:
– Ele é muito roubado, né? – disse Endrick, adotando gíria que significa muito bom, acima da média.
– Ele não sai do meu time do FIFA, não sai do meu time do Ultimate Team, porque ele é um cara que é completo. Ele tem velocidade, tem chute, tem drible e eu fico muito feliz porque, como eu falo, ninguém é maior do que a Seleção, ninguém é maior do que o Palmeiras, ninguém é maior do que o Real Madrid, então, sempre que vêm jogadores de alto escalão é maravilhoso. Espero que o Real Madrid possa vir a conquistar mais títulos e que Deus abençoe o Mbappé bastante para ele ser um grande ídolo no Real – completou.
Antes de se juntar ao craque francês, Endrick poderá tabelar com outra joia do Real Madrid: Vini Júnior, companheiro dele também na Seleção.
Os dois atuaram juntos nos amistosos de março, contra Inglaterra e Espanha, e voltarão a se encontrar nos Estados Unidos, onde o Brasil vai em busca da 10ª conquista da Copa América.
A relação, porém, já vem de antes e não só de dentro dos campos:
– Eu passei um tempo com o Vini quando ele estava em Madri, depois passei as férias com o Vini. E eu vi o quanto ele era forte, o quanto ele treinava, o quanto ele estava apto a fazer uma boa carreira. Óbvio que, querendo ou não, ele também é um ídolo dessa nova geração, para mim, para o Guilherme, o Estevão, garotos com quem eu joguei no Palmeiras, e espero que ele vença a Bola de Ouro –disse Endrick.
O garoto de 17 anos exalta a resiliência de Vini Júnior, vítima de diversos ataques racistas na Espanha:
– Ele lutou, ele treinou, ele batalhou pra chegar onde ele está. E eu não tenho palavras pra descrever o Vini, é um cara que trabalha muito. Massacraram muito ele e ele não falou nada, não fez nada, continuou trabalhando, continuou lutando, continuou fazendo as coisas na dele. E é isso. O trabalho vence muitas coisas e o bem sempre vai vencer o mal.
A Seleção faz amistoso contra o México, neste sábado, às 22h (de Brasília) e depois, na quarta-feira, encara os Estados Unidos. A estreia na Copa América será dia 24, contra a Costa Rica, em Los Angeles.
Confira abaixo outros trechos da entrevista de Endrick ao ge:
Real Madrid
– Agora o meu pensamento está aqui (na Seleção). Como eu sempre falei em todas as minhas entrevistas, em toda a minha vida, eu não sei o dia de amanhã, amanhã eu posso estar morto, então vivo um dia de cada vez e quando eu chegar no Real Madrid, aí eu vou pensar lá e ver o que Deus escreveu para a minha vida.
– Eu já falei com o Vini e com o Rodrygo quando eles estavam aqui. O Éder (Militão) estava machucado, mas a gente conversa pouco sobre isso, conversa mais sobre a vida, como é que está. Esperamos que quando chegar lá no Real a gente possa conversar um pouco mais sobre o time, mas agora é só mais resenha sobre a vida e sobre o que está acontecendo.
Argentina é a seleção a ser batida?
– O time que cair (no chaveamento) a gente vai enfrentar, vamos ter que jogar. E, óbvio que a Argentina é um time bom, como todas as seleções. A gente sempre tem que pensar assim para não entrar com soberba dentro de campo, para não entrar com o ego muito lá em cima e sim entrar com os pés no chão e poder fazer uma boa Copa América.
Ronaldo e Romário
– Eu gosto bastante dos dois. Vou começar a ver a série agora do Romário, vi o filme do Ronaldo. Eu gosto bastante de saber o que aconteceu na vida deles.
– Como eu sempre falo, eu não gosto de comparar ninguém com ninguém. Não gosto de ficar falando quem é melhor, quem não é melhor, quem pode ser melhor. Eu só quero me tornar o Endrick e mostrar para as pessoas quem eu realmente sou.
Conselho de Abel Ferreira
– Foi o que ele sempre falou, né? Para nunca esquecer de onde eu vim, porque a nossa essência é de onde tudo veio, né? E, como ele falou, eu nunca perdi isso. Eu sempre fui um garoto muito tranquilo e que eu continue assim para, se Deus quiser, eu ser um grande jogador. Ele, a comissão dele, brinca sempre que eles vão lá em Madri. Já convidei eles pra irem lá.
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