O presidente do Operário não concorda com valor proposta pela reitoria e afirma que prejudicará os times
O Campeonato Sul-Mato-Grossense de Futebol 2020 já vem gerando polêmica, entretanto, o conflito desta vez não é por conta da rivalidade entre os times, e sim pela reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), administradora do estádio Pedro Pedrossian, famoso Morenão. Recentemente, foi anunciado um reajuste no preço do aluguel, que gerou descontentamento entre os clubes estaduais.
A equipe do JD1 Notícias entrou em contato com o presidente do Comercial, Estevão Petrallás, para saber a posição do clube sobre o reajuste. De acordo com Petrallas, os times foram pegos de surpresa com o valor proposto.
Os times pagavam a taxa de R$ 600 por jogo, sem contar com o pagamento de energia e outros gastos que existem para o funcionamento de um jogo. O valor abaixo do normal é em razão da ajuda financeira que os clubes fizeram durante a reforma.
Para o ano de 2020, foi cobrado inicialmente o valor de R$ 4 mil pelo aluguel do estádio, valor 666% maior do que o do ano anterior. Os times entraram em contato com a reitoria sobre o alto valor do aluguel e foi acordada uma diminuição para que seja possível a realização dos jogos.
A reitoria anunciou recentemente o valor de R$ 2 mil para alugar o Morenão, ainda 333% maior do que o esperado. Ainda que seja metade do valor proposto, o preço ainda é alto se levado em conta a baixa quantidade de espectadores e todos os gastos, como bilheteiro, segurança privada, energia e outros gastos.
Estevão que estava em uma viagem durante o anúncio do novo valor, se mostrou decepcionado com o preço estipulado e lamentou a falta de comunicação por parte da reitoria.
O presidente do clube também disse que medidas como estas dificultam o futebol estadual que conseguem fechar as contas com os altos valores e grandes gastos para promover um esporte de qualidade, dentro do possível.
Petrallas concluiu a entrevista afirmando que se fosse possível, cada time deveria criar sua “própria praça” para que o Morenão não seja o único estádio de qualidade de Campo Grande.
O diretor-presidente da Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul (Fundesporte), Marcelo Miranda, concordou com a cobrança do aluguel. “A taxa de toda praça esportiva exige isso, é normal acontecer, a não ser nos espaços públicos do Estado e município. Como o Morenão é da universidade, ela tem autonomia para definir os valores das taxas.”
Entretanto, reconhece que o valor é alto para os times. “Eles fizeram o compromisso com a gente de reduzir esses valores para viabilizar a locação para os clubes, sem criar dificuldades para a manutenção do estádio, porque existe uma preocupação de limpeza e de pequenos reparos que você faz antes de qualquer jogo.”
O JD1 também entrou em contato com a assessoria da UFMS que afirmou não ter recebido nenhuma manifestação formal dos times e justificou o ajuste em três razões. Pela defasagem natural causada pela inflação, aumento das despesas com custeio do estádio, água, luz, servidores de manutenção e servidores de secretaria, e os investimentos que a UFMS tem feito no entorno do estádio, recapeamento, urbanização, melhoria na acessibilidade e drenagem.
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