
Presos promoveram quebra-quebra e fizeram ameaças após tentativa de fuga frustrada
Após integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) terem uma tentativa de fuga frustrada por agentes penitenciários, grupo de 50 presos iniciou um motim, com destruição de celas e ameaças de morte ao corpo de segurança no Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, na madrugada desta quinta-feira (14), em Campo Grande.
Conforme a Polícia Civil, por volta das 2h30, após a tentativa de fuga no pavilhão D, foi feito um confere nominal e solicitado aos internos que mudassem de cela, devido a cela 114 estar com a parede quebrada.
Nesse intervalo, presos de todo o pavilhão começaram uma sequência de agressões verbais e ameaças de morte contra os agentes penitenciários. Eles entoaram o hino do PCC e fizeram ameaças como: “Aqui quem manda é o PCC, o crime organizado”, “A cadeia é nossa”, “Vamos matar todo mundo nesse plantão” e “O Brasil é nosso”. Ao mesmo em que gritavam, a massa carcerária tentava arrancar grades das celas.
Diante do motim, agentes voltaram para a portaria e acionaram o Batalhão de Choque da Polícia Militar para intervir e controlar a situação.
Foram identificados pelo menos 50 presos que foram os que mais se sobressaíram em meio ao ataque. Eles gritaram lema do PCC, chutaram grades e inflamaram os demais presos contra os agentes. Três funcionários da segurança foram chamados pelo nome e ameaçado por preso que afirmou saber onde ele mora, que o seguia desde a Máxima e que mataria a família. “Vamos derrubar essa cadeia e você junto! É tudo nosso 1533, PCC!”.
Os presos tentaram ainda incitar detentos dos demais pavilhões, A, B e C, a participar do motim, solicitando que nenhum interno vá trabalhar e que chamem os familiares para um possível protesto generalizado em todos os presídios de Mato Grosso do Sul e atentar contra o transporte público de Campo Grande.
Com a chegada do Batalhão de Choque, o motim foi controlado e os presos encaminhados para celas disciplinares.
Agentes penitenciários ameaçados registraram boletim de ocorrência contra os presos. Caso foi registrado como ameaça e motim de presos na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Piratininga.
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