Forte Coimbra em Corumbá e Bacia do Rio Paraná estão na lista
O Pantanal considerado a maior planície alagada contínua do mundo, com 140.000 km² em território brasileiro e considerada pela Unesco patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera além de outros pontos naturais e históricos de Mato Grosso do Sul poderão ser privatizados pelo Governo Federal futuramente.
Ao todo são cerca de 16 áreas em sete municípios sul-mato-grossenses, conforme levantamento em planilha divulgada pelo portal The Intercept Brasil que mostra os municípios escolhidos, total da área e rota turística para fazer parte da iniciativa da União por meio do Ministério do Turismo.
Entre as áreas estão monumentos históricos como o Forte Coimbra em Corumbá, Parque Natural Municipal Templo dos Pilares em Alcinópolis, Centro de Convenções do Pantanal – Miguel Gómez, parte da bacia do Rio Paraná e até a reserva indígena de Dourados, que atualmente tem a População de 15.023 índios, das tribos Guarani Kaiowá, Guarani Ñandeva, Terena entre outros locais.
Segundo o Intercept Brasil, a planilha com levantamento dos municípios de 17 estados e Distrito Federal foi produzida no primeiro semestre deste ano que lista 222 propriedades da União. Ainda segundo o portal, os municípios listados são indicações feitas pelos governos estaduais a pedido do governo federal.
Mas não é apenas o pantanal sul-mato-grossense que está nas vistas do Governo de Bolsonaro. Em outros estados, estão como prioridade, o Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, o Forte do Leme, o Museu Aeroespacial, o Museu do Exército, o Forte da Conceição, o Observatório Nacional, a Fortaleza São João e o Cais Imperial de Sepetiba. Em Brasília, estão a Praça dos Três Poderes, o Teatro Nacional, a Ermida Dom Bosco e a Praça do Cruzeiro.
ORIGEM DO PROJETO
As áreas não serão todas concedidas ao mesmo tempo, e haverá modelos diferentes de concessão e destinação. O projeto que ainda não foi divulgado pelo governo deverá seguir as bases de um programa iniciado há três anos pelo governo de Portugal, o Revive.
O Revive, como será chamado também no Brasil, concede construções históricas sem uso ou em estado deteriorado para empresas privadas, com vistas ao turismo.
OUTRO LADO
Por meio de nota, o Ministério do Turismo disse que não há nada definido e que o piloto irá focar em prédios desocupados, levando em conta tanto a distribuição geográfica quanto “a relação do imóvel com a cultura lusófona”.
Durante a abertura do festival América do Sul Pantanal o diretor- presidente da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul (Fundtur) Bruno Wendling comentou sobre os prédios históricos mencionado em nota pelo Ministério do Turismo.
Segundo Wendling, o Ministério do Turismo está assumindo todos os prédios históricos parados para dar uma celeridade às reformas e a tendência é só melhorar. “Eu vejo isso como ponto positivo, principalmente em Corumbá que é uma cidade histórica que merece mais prédios reformados e revitalizados e a lei tem que ser um pouquinho menos rígida e tem que preservar não é deixar parado para depois cair, é preservar dando modernidade dentro do prédio e deixando fachadas e transformando eles em atrativos turísticos históricos eu vejo isso com bons olhos”, finalizou o diretor presidente.
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