Eles receptavam veículos roubados e trocavam por entorpecente para traficar em várias regiões do país
Na manhã deste sábado (18), no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), Sérgio Rodrigues da Costa, 40 anos, Gilberto Melo Martins, 40 anos, Laudimar de Oliveira, 42 anos e Geovani Fernando Raymundo, 26 anos, receptavam veículos roubados levando até a fronteira para trocar pelos entorpecentes que seriam distribuídos para vários estados brasileiros.
De acordo com informações dos delegados do Garras, eles estariam investigando um suposto esquema de tráfico de armas, há três meses, que envolviam a quadrilha presa. Durante as investigações, eles receberam a denúncia de dois veículos que teriam sido roubados no Rio de Janeiro e estavam sendo trazidos para Campo Grande. Uma abordagem foi na quinta-feira (16), na BR-262, saída para Três Lagoas.
Segundo o delegado José Paulo Sartori, ao abordar as duas camionetes, onde estavam Laudimar e Geovani. Descobriram que Gilberto e Sérgio estariam esperando os dois em um veículo Fiat Uno, estacionado num Posto de Gasolina no bairro Maria Aparecida Pedrossian.
OS policiais então descobriram não se tratar de tráfico de armas, e sim de drogas, por parte da quadrilha, que levava os veículos roubados até a fronteira com o Paraguai, onde trocavam por entorpecentes e traziam para Campo Grande para serem distribuídos para os outros estados do Brasil.
Conforme os delegados, os traficantes, iam até a fronteira em duas camionetes, uma era deixada e a outra abastecida com a droga. Para desviar as suspeitas eles usavam sacos de cimento mantendo o equilíbrio na suspensão dos veículos.
O grupo mantinha um bunker, nas imediações da Fábio Zahran, na Vila América, onde foram encontradas 3,6 toneladas de maconhada e mais três camionetes roubadas.
A polícia realizou diligências também nas casas dos suspeitos, que seriam os chefes do esquema. Na residência do Sérgio, no bairro Tijuca, foram apreendidos duas camionetes e uma moto esportiva, na do Gilberto, Vila Carvalho, foram encontradas duas motos, e na empresa de guincho, localizada na Vila Piratininga, onde eram sócios, foi apreendido um caminhão prancha e uma F250. Um total de 13 veículos, com os apreendidos na abordagem.
Segundo o delegado, Fábio Peró, no bunker, eram fabricados caixotes para transporte a droga. “No depósito, eles fabricavam caixotes de madeira onde a droga era armazenada para ser transportada em fundo falso de caminhão geralmente a droga saia daqui em meio a cargas de milho e de soja, além disso, eles usavam sacos de areia para equilibrar a suspensão das caminhonetes evitando suspeitas”.
João Paulo Sartori, os envolvidos levavam uma vida luxuosa, e a suspeita era de que já agindo na Capital há um bom tempo. “A suspeita é de que o grupo já vinha agindo há um bom tempo em Campo Grande, tanto que os envolvidos, Sérgio e Gilberto, tinham uma vida luxuosa”.
Seja o primeiro a comentar