Somente o aumento dos gastos com inativos teve elevação de 12,1%, deixando o Estado na 6ª posição no ranking nacional, conforme pesquisa do Ipea
Os gastos com inativos em Mato Grosso do Sul cresceram 12,1%, segundo os indicadores “Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) de Gastos com Pessoal”, divulgados nesta segunda-feira. O Estado ficou na 6ª posição do ranking nesse desembolso, em comparação às 23 Unidades da Federação avaliadas do País. Rondônia (22,8%) e Tocantins (17,1%) foram os estados que registraram maior crescimento nos gastos com inativos .
Na média geral, contando servidores ativos e inativos, os gastos em MS cresceram menos, chegaram a 3,9%, ficando em 10º lugar, índice acima da média nacional que foi de 2,9%. O resultado geral é quase três vezes superior ao crescimento de 1,1% verificado no PIB (Produto Interno Bruto) nacional. Se comparar esse percentual com o PIB do Estado é quase quatro vezes maior (3,6).
A análise refere-se a 23 unidades da federação, porque não foi possível construir indicadores com os dados disponíveis para Amapá, Rio Grande do Norte e Roraima, nem com os existentes sobre inativos no Piauí. Esse conjunto de 23 estados gastou com pessoal, em valores reais, mais de R$ 373 bilhões em 2018. O montante inclui servidores ativos e inativos.
Das 23 UFs consideradas, apenas Rio de Janeiro e Sergipe não apresentaram aumento em 2018. Considerando apenas servidores ativos, além de Mato Grosso do Sul, 13 estados tiveram crescimento: lideram a lista Ceará (12,79%) e Pará (8,52%).
As despesas com inativos mantiveram uma trajetória ascendente, alcançando uma taxa média de crescimento de 7,6% em 2018 – dez vezes mais que os gastos com ativos, que fecharam o ano em 0,7%.
A escalada em Mato Grosso do Sul, conforme dados do Ipea, é perceptível nos últimos quatro anos. Em 2017, foram R$ 656 milhões gastos para pagamentos a inativos, passando para R$ 731 milhões em 2018. Para os ativos, por outro lado, registrou-se decréscimo de R$ 712 milhões em 2017 para R$ 591 milhões desembolsados no ano passado.
Cláudio Hamilton dos Santos, um dos autores do estudo e pesquisador do Grupo de Conjuntura do Ipea, explica que, ao se considerar os números de servidores, o crescimento dos gastos com inativos não surpreende. “Esse cenário reflete o alto número de novas aposentadorias, fenômeno que já vem ocorrendo há alguns anos”.
Seja o primeiro a comentar